A verba de gabinete na Câmara dos Deputados, usada para pagar o salário de funcionários contratados sem concurso, subirá de R$ 50,8 mil ao mês para R$ 60 mil, o que vai trazer um impacto anual na folha será de R$ 61,4 milhões. O aumento foi confirmado pelo próprio presidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e tem apoio de parlamentares tanto da Base de Apoio do governo como da oposição.

A verba de gabinete é usada para a contratação de até 25 funcionários por gabinete. Hoje, a Câmara conta com cerca de 9.500 deles, cujos salários vão de R$ 721 a R$ 8.040. Segundo Chinaglia, o reajuste foi calculado com base no IGP-M (15,13% no período).

"Perdemos mais uma chance de estabelecer critérios justos. Vai ter gente achando que o parlamentar vai contratar mais nas eleições. Mesmo quem não tem candidato sempre apóia alguém", disse o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ).

Benefícios múltiplos - Além da verba de gabinete e do vencimento de R$ 16,5 mil por mês, cada parlamentar tem direito a R$ 16,5 mil no final e no começo de cada ano legislativo, R$ 3 mil de auxílio moradia, R$ 4,2 mil de cota postal, R$ 15 mil de verba indenizatória e auxílio para passagem aérea. Somando todos os benefícios, um deputado chega a receber no mês de fevereiro R$ 72,9 mil.