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Cães podem ser transmissores de leishmaniose ao homem

Agência Notisa - 26 de maio de 2006 - 09:46

Apesar de ser uma zoonose originalmente silvestre, a Leishmaniose Tegumentar Americana tem se espalhado por áreas rurais e urbanas e é cada vez maior o número de casos da doença em animais domésticos, como cães e gatos. Como a transmissão da leishmaniose tem aumentado no ambiente doméstico e há registros de altas taxas de infecção em cães, cresce a suspeita de que esses animais possam atuar como reservatórios de Leishmania sp. Nesse sentido, pesquisadores da Universidade Estadual de Maringá e da Secretaria de Saúde do Paraná resolveram investigar a leishmaniose canina em localidades rurais onde ocorreram casos de leishmanione humana, em uma área endêmica no norte do estado do Paraná.

De acordo com artigo publicado na edição de novembro/dezembro de 2005 dos Cadernos de Saúde Pública, “a leishmaniose tegumentar americana (LTA) é amplamente distribuída no Brasil, ocorrendo em todos os estados, mas tem caráter endêmico no Paraná, com notificação em 276 dos 399 municípios, principalmente no norte e oeste deste Estado”. No estudo foram analisados 67 cães de sete localidades rurais onde foram verificados 22 casos humanos da doença, sete em mulheres e 15 em homens.

Os pesquisadores observaram que dos 67 cães estudados, apenas 14 apresentaram lesões sugestivas de leishmaniose. No entanto, 55% do total tiveram sorologia positiva para a doença. Segundo eles, “a inexistência de lesões suspeitas em cães de áreas endêmicas de leishmaniose humana não significa ausência da infecção canina. Em seis das sete localidades estudadas foram detectados cães com lesão sugestiva da doença e em todas elas foram encontrados animais sem lesão, mas com sorologia positiva”.

De acordo com a equipe, a ocorrência de leishmaniose em humanos e em cães em áreas onde a doença é endêmica suscita questionamentos quanto ao papel do cão no ciclo de transmissão do parasita: “a identificação freqüente de cães domésticos com a infecção por Leishmania sp., associada à presença da doença humana, sinaliza para o envolvimento desses animais no ciclo de transmissão desses parasitas. Contudo, ainda não está claro se o cão tem um papel na manutenção do parasita ou se a infecção é casual”.

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