Os governos do Brasil e da China assinam hoje acordo de cooperação na área agrícola. Além de aumentar o comércio bilateral, o acordo visa a implementação de parcerias nas áreas de genética e produção agrícola e animal; biotecnologia e trangênese; logística e marketing de produtos e joint-venture. Para o ministro interino da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Amauri Dimarzio, "o convênio é bastante amplo e de muito interesse para o Brasil, já que hoje o país é o terceiro exportador de agronegócios principalmente soja, para a China, atrás apenas dos Estados Unidos e Austrália". A China ocupa o 42° lugar nas importações brasileiras.

O ministro informou que os chineses querem elevar as exportações para o Brasil, principalmente de vegetais, hortaliças e frutas mas, segundo ele, a tendência é que aquele país importe cada vez mais produtores brasileiros. A avaliação tem por base a impossibilidade de expansão das áreas agricultáveis e a elevação da renda da população chinesa. Dimarzio informou também que, segundo o vice-ministro da Agricultura da China, Fan Xiaojian, em muitas regiões chinesas a área para agricultura é de 0,037 hectares per capita. No Brasil, a área é de dois hectares per capita. O ministro disse ainda que, de acordo com o enviado chinês, o contingente atual de pobres naquele país é de apenas 2,5% contra 25% há 25 anos.

Dimarzio destacou que o acordo Brasil/China será implementado imediatamente e vai obedecer a um cronograma de forma a intensificar visitas de representantes do governo e da iniciativa privada dos dois países.