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Brasil e Bolívia criam grupo técnico para avaliar terras

Karla Wathieer/ABr - 22 de maio de 2006 - 18:08

La Paz (Bolívia) – O Brasil e a Bolívia decidiram criar um grupo técnico para avaliar as terras na faixa de fronteira. Na visita do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, ao chanceler boliviano David Choquehuanca, um dos assuntos foi a questão fundiária. O presidente da Bolívia, Evo Morales, decretou mudanças para declarar de interesse da reforma agrária as terras devolutas ou com propriedade irregular. Pelo fato da decisão influenciar os brasileiros que moram na faixa de fronteira, os dois governo vão acompanhar o processo.

Produtores de soja brasileiros já manifestaram preocupação de perder as terras, mas o ministro Celso Amorim disse que quem tiver terras produtivas e com posse legítima pode ficar tranqüilo. "Os produtores de soja estarão tranqüilos, porque são produtivas e são de posse legítima. O problema são as terras de fronteira e devolutas que foram consideradas de interesse para reforma agrária", disse. A reunião com os bolivianos decidiu pela criação de um grupo de trabalho para avaliar a situação.

"O território é boliviano e a decisão é deles. Mas é muito positivo a criação de grupo de trabalho, porque ele vai nos permitir argumentar e acompanhar naquilo no que for razoável para os nossos brasileiros", disse Amorim. Segundo a Associação Nacional dos Produtores de Oleaginosas (Anapo), com sede na cidade de Santa Cruz de La Sierra, os brasileiros são responsáveis por 40% da produção boliviana de soja, o que representa 14% do Produto Interno Bruto (PIB) boliviano.

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