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Brasil discute a mandioca em Mato Grosso do Sul

Famasul - 25 de outubro de 2005 - 13:57

Mato Grosso do Sul que tem todas as aptidões para produzir cada vez mais mandioca e explorá-la de inúmeras formas que gerem renda e emprego, vai sediar a partir de amanhã, terça-feira, dia 25, o XI Congresso Brasileiro da Mandioca. Será a oportunidade para que os produtores, futuros produtores, técnicos e autoridades do setor, possam aprofundar os debates na busca dos melhores caminhos que façam desse importante produto um fator de crescimento do setor produtivo sul-mato-grossense, tornando a mandioca uma opção comercial tão boa quanto tem sido a carne e a soja para a economia regional.

O congresso terá como tema “Ciência e tecnologia para a raiz do Brasil”, e é uma realização dos governos federal e estadual, em parceria com a Câmara Setorial da Mandioca e um pool de outros importantes parceiros.

O evento vai acontecer no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, em Campo Grande, entre os dias 25 e 28 e a abertura está prevista para as 19 horas de amanhã.

Foi considerando a importância da cadeia produtiva da mandioca, especialmente para a agricultura familiar, os assentamentos e comunidades indígenas de Mato Grosso do Sul, que se decidiu realizar o congresso brasileiro em Campo Grande. Também foi levada em conta a posição de destaque que o Estado ocupa no cenário nacional – MS é o segundo maior produtor de fécula de mandioca do Brasil.

“Com a retomada deste congresso esperamos transformar esse encontro num fórum que venha discutir as políticas de desenvolvimento sustentável para o setor relativo ao mercado, assistência técnica, pesquisas e financiamento, atuando de forma direta na integração das políticas públicas, cooperativismo e estudo de novas parcerias”, destacou a presidente da comissão organizadora e superintendente de Ciência e Tecnologia, Sônia Maria Jin. O secretário-executivo do evento e coordenador da Câmara Setorial no Estado, Carlos Gonçalves também ressaltou que a realização do evento representa uma conquista haja vista que a gestão dessa Câmara serve de modelo para outras organizações no País.

Considerando a importância econômica da cadeia produtiva, pesquisadores, produtores rurais, técnicos, empresários, agentes financeiros, estudantes e toda sociedade interessada, serão beneficiados com uma ampla programação que abordará, durante os quatro dias do evento, assuntos de grande relevância para o setor. São 18 estandes de produtos, serviços e instituições do setor; exposição de máquinas e suplementos agrícolas; cinco mesas redondas; 10 conferências simultâneas e cerca de 150 trabalhos científicos do Brasil e da América Latina.

Conforme Carlos Gonçalves, entre os trabalhos a serem publicados nos anais do evento, a maior parte está relacionada a pesquisas em sistema de produção, que correspondem a 30% do total (veja box). “O elevado número de projetos apresentados nos surpreenderam afinal, na última edição do congresso, que aconteceu em Manaus (AM) em 1999, esse número foi bem inferior”, comenta o coordenador da Câmara estadual ao destacar a iniciativa do Governo do Estado em retomar a realização do congresso. Nas Américas, o Brasil é o maior produtor do continente, e o segundo produtor mundial superado apenas pela Nigéria.

Gonçalves também destaca os principais resultados obtidos pela atuação da Câmara e seus parceiros. Segundo os últimos dados do IBGE, a área plantada em 2003 foi superior a 30 mil hectares em Mato Grosso do Sul. Também no mesmo ano, os contratos de compra e venda possibilitaram o aumento do número de operações de crédito rural para 2.418 contratos, um montante de R$ 12,3 milhões. Treze fecularias aderiram ao sistema de parcerias, efetuando 1.552 contratos de compra e venda entre indústria e produtor, beneficiando, 32 municípios.

Autor:
Correio do Estado - Rural

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