O ex-senador Carlos Bezerra (PMDB-MT), afirmou, ao tomar posse na presidência do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), que as primeiras ações no cargo serão eliminar as filas nos postos de atendimento do INSS e reduzir o prazo de concessão de beneficios. "São questões de necessidades urgentes. Temos que modernizar o atendimento aos beneficiários nos postos, que é vergonhosa. Não é possível que com os recursos que temos hoje não tenhamos condições de reduzir o prazo de concessão que é muito demorado.É incompreensivel que a pessoa espere meses para receber um beneficio que tem direito", declarou.

Hoje a frente parlamentar de combate a corrupção emitiu uma nota contra a indicação do ex-senador. Bezerra respondeu afirmando que sua escolha foi feita pelo PMDB, seu partido, com consentimento do presidente Lula.

Carlos Bezerra é acusado de estar envolvido com João Arcanjo Ribeiro, acusado de ser um dos cabeças do crime organizado em Mato Grosso, porque um cheque seu foi encontrado na firma de Factoring de Arcanjo.

O ex-senador esclareceu em nota divulgada a imprensa, que o cheque encontrado foi fruto de uma transação comercial comum. Explicou que ele serviu para o pagamento de gráfica e que foi colocado como garantia no comitê da campanha eleitoral nas eleições de 2002. Ele disse que o cheque foi trocado em uma Factoring, sem o seu conhecimento.

O ministro da Previdência Amir Lando, que havia ameaçado deixar o cargo por não ter autonomia para nomear os seus auxiliares, disse na solenidade de posse de Carlos Bezerra, que a escolha foi partidária. "Um relacionamento em termos de eficiência e dedicação para implementar ações que tratem de humanizar o tratamento na Previdência Social. Tive um relacionamento com o ex-senador como membro da mesma bancada, mas tudo isso não interessa. O que interessa é o que vamos fazer daqui para frente", disse o ministro Amir Lando.

Participaram da solenidade de posse do novo presidente do INSS, os senadores Renan Calheiros, Michel Temer, Waldir Raup, o ministro das Comunicações, Eunicio de Oliveira e o ministro da Previdência Social, Amir Lando.