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Ben-Hur deixa PT e se filia a partido aliado de André

Inara Silva / Campo Grande News - 30 de setembro de 2005 - 14:57

Inara Silva
Inara Silva

O ex-deputado federal Ben-Hur Ferreira assinou hoje ficha de filiação ao PSDB. Ele deixa o PT após 17 anos de militância e afirmou que optou pelo PSDB por ser um partido nacionalmente estruturado de centro-esquerda. Em entrevista ao Campo Grande News, BenHur falou que sai do PT de cabeça erguida e pela porta da frente, mas ainda não decidiu se vai concorrer a algum cargo eletivo no ano que vem. Ben-Hur era uma das principais lideranças do PT no Estado, partido tradicionalmente adversário do PMDB em Mato Grosso do Sul. Com a troca de legenda, ele fará parte agora do partido, que hoje é o principal aliado do PMDB para disputar a sucessão estadual no ano que vem, que tem como pré-candidato o ex-prefeito de Campo Grande André Puccinelli.

Na avaliação de Ben-Hur seu ciclo foi encerrado no PT e por isso resolveu aderir a outra filiação partidária. Ele disse que se simpatiza pela social democracia e decidiu aceitar o convite feito pela vice-prefeita de Campo Grande Marisa Serrano, que é membro do diretório nacional.

Ben-Hur Ferreira está no PT desde 1988, seu único partido até então. Ele foi eleito em 1992 como o primeiro vereador do partido na Capital e em 1994 assumiu mandato de deputado estadual, sendo o líder do PT na Assembléia Legislativa. Em 96, disputou cargo de vice-prefeito na chapa encabeçada pelo atual governador do Estado Zeca do PT. Na votação, o prefeito André Puccinelli venceu pela diferença de 411 votos. Em 98, foi eleito deputado federal, sendo um dos mais votados do país e no ano 2000 disputou novamente a prefeitura de Campo Grande, posteriormente, por dois anos foi secretário de Estado do governador Zeca.

Nos últimos anos, Ben-Hur tem perdido espaço dentro do partido. Ele afirmou que mesmo em momentos de deslealdade permaneceu no PT e cita como exemplo quando foi pré-candidato na disputa para ser candidato a vice-governador ou senador em 2002, mas acabou derrotado nas prévias internas. Restou-lhe concorrer à Assembléia Legislativa, não se elegeu. Recentemente, ele estava disposto a disputar o comando do diretório regional do partido no Estado, "mas em função da falta de consenso desistiu da idéia". “Já ajudei o PT em lealdade em vários momentos que foram desleais comigo”, afirmou ele ao esclarecer que não sai magoado e que sempre cumpriu seu papel dentro do PT e conclui: “Tenho um sentimento de gratidão ao PT que deu oportunidade para um professor universitário”.

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