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BB lança cédula do produtor rural com menor custo

Stenio Ribeiro/ABr - 16 de agosto de 2004 - 15:08

O Banco do Brasil começou a operar hoje nova modalidade de Cédula de Produto Rural (CPR), destinada a produtores agrícolas e cooperativas, com custos que variam entre 1,5% e 1,7% ao mês, de acordo com o risco do tomador e o volume de recursos. A informação é do vice-presidente de Agronegócios do banco, Ricardo Conceição.

Ele disse que a CPR existente no mercado, emitida pelo produtor, recebe aval do BB, e seu dono vai buscar recursos no mercado, a custo médio de 2,25% ao mês. Na nova modalidade, o banco compra a CPR, valendo-se de recursos livres e da exigibilidade da poupança rural, o que permite a redução nos custos.

"Não há nenhum lugar onde buscar dinheiro mais barato", segundo Ricardo Conceição. Ele disse que existe "grande satisfação" entre os produtores rurais com a iniciativa, antiga reivindicação do setor, que só agora pôde ser implementada, depois de aprovação do Conselho Monetário Nacional (CMN), que liberou aplicações até R$ 1 bilhão.

O vice-presidente ressaltou que "a CPR é, hoje, o grande instrumento de legitimação do agronegócio", a ponto de muita gente querer comprar esses títulos de garantia de entrega do produto segurado. Até fundos de pensão se dispõem a entrar nesse segmento de mercado, que é um "avanço espetacular" para a negociação da produção rural, acrescentou.

Criada em 1994, a CPR previa apenas a entrega física do produto. Só em 2000 foi implementada a CPR financeira, que deu grande impulso a essa modalidade de crédito, com maior aceitação dos fundos de investimento, bancos e outros investidores. Essa confiança levou a CPR a se tornar importante alternativa, ou complemento, ao crédito rural.

Como exemplo disso, as 2.636 CPRs contratadas em 1999, no valor de R$ 146,4 milhões, multiplicaram para 13.293, movimentando R$ 599 milhões. De lá para cá, a emissão de CPRs só tem aumentado, e o BB contabilizou 29.358 títulos no ano passado, no total de R$ 1,533 bilhão. O volume já foi superado até 31 de julho, com a emissão de 29.532 CPRs, no valor de R$ 2,045 bilhões.

As CPRs já movimentaram R$ 6,490 bilhões, dos quais R$ 4,636 bilhões em CPR Financeira e R$ 1,854 bilhão em CPR Física (troca de produto). Com o lançamento, hoje, da nova modalidade, Ricardo Conceição estima que na safra agrícola 2004/2005 se realizem cerca de R$ 4 bilhões em negócios com CPRs.

Ele lembrou que o banco atualmente avaliza ou adquire cerca de R$ 3,5 bilhões por ano das Cédulas de Produto Rural no mercado. Essa participação vem crescendo a cada ano, em decorrência da rede que o banco dispõe em todo o país para atendimento especializado em agronegócio.

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