Os bancários de Campo Grande vão aderir a greve nacional da categoria e paralisam as atividades por tempo indeterminado a partir de amanhã. Pelo menos 250 pessoas participaram da reunião desta noite, que rejeitou a proposta dos banqueiros.

Durante a reunião foram entregues faixas e cartazes aos participantes, que seguem amanhã logo cedo para à frente das agências bancárias da Capital. Além disso, segundo o presidente do sindicato que representa a categoria, José Aparecido Clementino Pereira, um “ponto de encontro” será montado na Rua Barão do Rio Branco, na calçada do banco Itaú.

Nesse local será distribuído material para as pessoas que não estiveram na reunião e pretendem aderir a greve. No total, são 4,5 mil bancários em Mato Grosso do sul, sendo 1,9 mil só em Campo Grande.

Ainda de acordo com Pereira, todos os dias, no final da tarde, os grevistas vão se reunir no sindicato da categoria para fazer um balanço das atividades.

Ontem os bancários rejeitaram a proposta da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) de aplicar 2,85% de aumento sobre os vencimentos. A proposta anterior era de 2,2%, quando a categoria reivindica 7,05%, correção da inflação dos últimos 12 meses e maior repasse do PLR (Participação nos Lucros e Resultados) dos bancos.
Eles propuseram ainda pagamento de PLR de 80% do salário mais R$ 823 de parte fixa. A categoria exige, porém, PLR de um salário bruto de cada funcionário mais R$ 1,5 mil de verba fixa.

O reajuste concedido aos bancários em 2005 foi de 6%, chegando a 1% do aumento real, mais abono e PLR mínima de 80% do salário mais R$ 800. Na paralisação da semana passada, de 24h, a adesão foi baixa e o Bradesco chegou a fechar as portas, mas a direção nacional solicitou que as agências reabrissem.