Os deputados federais que integram a bancada sul-mato-grossense em Brasília gastaram R$ 57 mil em verbas indenizatórias durante o período de férias. O que soa estranho ao refletir sobre para que serve esse tipo de recurso público é que teoricamente deveria ser usado apenas para despesas de gabinete e viagens a trabalho.



A maior parte dos gastos da bancada de Mato Grosso do Sul foi com locomoção, hospedagem e alimentação, apesar dos registros, disponibilizados no site da Câmara Federal, mostrarem que nenhuma viagem oficial foi realizada pelos parlamentares entre 1º e 31 de janeiro.

O deputado federal Antônio Cruz (PP) foi o que mais gastou: R$ 13.2 mil em um mês. Só com locação e hospedagem foram R$ 12,2 mil. Em seguida aparece o líder da bancada federal em Brasília, Geraldo Resende (PMDB), com despesas de R$ 13 mil nas férias, R$ 5,1 justificadas como “divulgação da atividade parlamentar”. Dagoberto Nogueira (PDT) é o terceiro na lista, com gastos de R$ 11,1 mil, R$ 8,3 mil em despesas com transporte, hospedagem e alimentação.

Na seqüência surge Waldemir Moka (PMDB), com R$ 8,9 mil em despesas, a maior parte, R$ 8,5 mil, com locomoção, hospedagem e alimentação. Depois aparece Waldir Neves (PSDB) com R$ 8,6 mil e R$ 6,8 mil em transporte e hospedagem.

Vander Loubet (PT) gastou, durante as férias, R$ 3 mil com "aquisição ou locação de software; serviços postais; ass. publicações; TV a cabo ou similar; acesso à Internet; e locação de móveis e equipamentos". Os únicos que não tiveram qualquer despesa registrada durante as férias foram os deputados Antônio Carlos Biffi (PT) e Nelson Trad (PMDB).