Os auditores-fiscais da Receita Federal decidiram estender até o dia 23 a greve iniciada ontem, quando 85% deles cruzaram os braços, segundo o sindicato da categoria. Os auditores também decidiram manter a operação padrão em portos e aeroportos: só está garantida a inspeção de cargas com produtos perecíveis, os perigosos e os medicamentos.

A Receita ainda não se pronunciou sobre a greve, em que os auditores pedem equiparação salarial com os procuradores do Ministério Público. Em início de carreira, os procuradores ganham R$ 7,5 mil reais.

Por enquanto, a greve não prejudicou a entrega das declarações de Imposto de Renda. Até ontem, a Receita Federal havia recebido, via internet, 6,4 milhões de declarações, que caem diretamente nos computadores do Serviço de Processamento de Dados do Governo Federal (Serpro).

A expectativa da Receita é que até o final do prazo, no dia 30, 18 milhões de declarações tenham sido enviadas. O volume subiu de 17 mil por hora, na semana passada, para 24 mil, segundo informações dos técnicos.

Além da internet, o contribuinte dispõe de outros três meios para declarar: pelo telefone (0300-78-0300), em disquete (bancos) e em papel (Correios). Quem teve rendimentos, isentos ou tributáveis, acima de R$ 100 mil em 2003 não poderá mais declarar em formulário de papel e sim em meio eletrônico (disquete e Internet). A mesma regra se aplica a quem teve ganhos com a atividade rural.

A multa mínima para quem deixar de declarar é de R$ 165,74 e máxima, de 20% do imposto devido. O contribuinte que não prestar contas ao Leão também passa a ter problemas com seu CPF (Cadastro de Pessoa Física).