Será votado na terça-feira na Assembléia Legislativa o projeto que quer vetar a distribuição da pílula do dia seguinte pela rede pública de saúde. A CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação) deu parecer favorável.
Autor do projeto, que é polêmico, o deputado Sérgio Assis (PSB) sustenta que a distribuição da pílula incentiva o sexo desprotegido. A pílula é utilizada por mulheres que mantiveram relação sem proteção e querem evitar a gravidez. “Com a pílula, as jovens vão se achar no direito de manter relações sem camisinha e tomar o remédio no outro dia. Isso não as livrará da aids e outras DST’s”, argumenta.
Ele também tem argumentos com base em fundamentos médicos, alegando que pode haver alteração hormonal.
Assis sabe que vai haver reação ao projeto na terça-feira. Há entidades que representam mulheres que prometem protestar. Mas ele também tem grupo que apóia a iniciativa “Conto com apoio de igrejas católicas, evangélicas, associações de médicos e grupos de mulheres, como sindicatos e conselhos. Apenas algumas estão contra, e acham que essa é a opinião de todas”, defende.
Ele afirma que muitos grupos contrários ao projeto são os mesmos que apóiam o aborto.
Sobre a expectativa da votação pelos deputados, Assis não dá palpite.