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Geral

Artigo: Liderança no século 21

Por Mateus Soares* - 07 de setembro de 2010 - 08:23

O chefe controlador, que faz tremer os membros da equipe cada vez que assoma à
porta, é uma figura em franco declínio. Ninguém mais acredita que chefe bom é aquele
que comanda o time com o tal \"punho de ferro\". Se ele encara seus colaboradores como
\"braços\", está equivocado. Mas, se os enxerga e respeita como \"mentes produtivas\",
está certíssimo.

O líder do século 21 tem uma visão ampla do negócio e é capaz de estabelecer uma
profunda sinergia com a equipe. É por meio desse relacionamento estrategicamente
construtivo, e não da opressão e da cobrança, que ele consegue extrair o melhor
desempenho de seus pares e subordinados.

Hoje, a chefia é exercida com maior mérito por aqueles que não se prendem a
camisas-de-força teóricas. O executivo do século 21 é criativo e aberto a novas
culturas, estabelece uma comunicação franca e efetiva com a equipe, sabe ouvir e
filtrar as informações que chegam até ele e não teme revisar métodos e processos a
fim de se adequar às demandas do mercado - e, mais importante ainda, ele possui
originalidade e arrojo suficientes para criar novas demandas. Quanto mais inova,
mais ele inspira aqueles com os quais trabalha.

Outro aspecto interessante diz respeito à formação do executivo moderno. Em um mundo
globalizado, onde os patamares de exigência são definidos segundo parâmetros
internacionais, é fundamental possuir uma sólida estrutura de formação para dar
conta da competição acirrada. Por isso, quanto mais abrangentes forem as
experiências de um profissional, melhor para ele e para a empresa. Afinal, o líder
não precisa ser um especialista, mas um bom estrategista, pois as competências
específicas podem ser aprendidas. E aí entra mais uma qualidade desejável: a
obsessão por absorver novos conhecimentos.

A crise econômica de 2008/2009 mostrou que as melhores condições de enfrentamento
estiveram nas mãos daqueles que, com muito jogo de cintura, conseguiram se adaptar
às novas situações e foram capazes de transformar desafios em oportunidades. Aliás,
intimidar-se é algo fora de cogitação para o líder ideal dessa nova era: em qualquer
circunstância, ele deve estar munido de ambição e ousadia para avançar.

Evidentemente, avança quem tem coragem para tomar decisões. Por isso, a
autoconfiança também é qualidade imprescindível para o novo líder. Ele não pode se
esquivar de situações desconfortáveis que exijam medidas assertivas respaldadas na
realidade. Mas, com toda a certeza, é o que deve ser trilhado. Sempre!

* Mateus Soares é sócio-diretor da BDO, quinta maior rede mundial de auditoria,
tributos e advisory services.

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