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Artigo: Hugo Chaves faz escola em Cassilândia

Guilherme Colagiovanni Girotto - 20 de outubro de 2010 - 08:17

O preparo e o equilíbrio do homem público são reconhecidos conforme a sua capacidade de receber e analisar as críticas que aufere ao longo de seu mandato.

Afirma Le Goff, que o objetivo da crítica, é “ensinar a pensar por conta própria”. Livre de pessoas subservientes, servis, aduladoras e “puxas-saco”, somente através do que dizem os críticos (nem sempre opositores) do homem público, é que ele terá o parâmetro de suas ações enquanto administrador, se mais corretas ou mais erradas. Portanto, ao criticado não cabe a opção de gostar da crítica, mas sim analisá-la e fazer um exame de consciência, sempre em busca de melhorar a sua atuação em determinado momento.

Hugo Chávez não gosta de críticas. E joga pesado contra os seus opositores: fecha jornal, rádio e TV; toma para o Estado empresas privadas e ainda impõe sanções criminais a quem falar mal do governo. Enfim, não aceita a opinião contrária. E a Venezuela, está indo bem? Claro que não! A pobreza cresce a cada dia, ante uma política populista que engana as pessoas de baixa renda e pouca escolaridade. O país se mantém apenas por seus estoques de petróleo, que como tudo na vida, uma hora chegará ao final e os seus benefícios (entendam como lucro), não tem sido aproveitado para o investimento em projetos essenciais ao país.

Aí está a questão: se Chávez ouvisse os seus opositores, tenho a mais absoluta certeza que colocaria, ao longo prazo, a Venezuela em uma linha de crescimento, geração e distribuição de renda e, consequentemente, melhoria das condições de vida. Mas não é o que acontece: fechado em seu “mundinho” particular, cada dia que passa judia ainda mais de seus conterrâneos.

Este está sendo o problema do prefeito Carlos Augusto: não aceita ser criticado; não analisa as críticas que recebe; não ouve ninguém além do que seus “amigos”. Em entrevista a Rádio Patriarca no dia 19/10, o Prefeito de Cassilândia fez questão de ressaltar que: \"quem for contra a mim, é contra Cassilândia”. Disse ainda que a oposição só critica porque é oposição, sem nenhum fundamento e que tem muito mais gente para atrapalhar a cidade do que para ajudá-la. Fiquei decepcionado. Não esperava ouvir isto do prefeito da minha cidade.

Cassilândia é muito maior que o senhor, Prefeito, tenha certeza disto. Sou contra muitas ações do senhor enquanto administrador – que para mim, deixa muito a desejar – e nem por isso sou contra a minha cidade. Falta água nas casas, senhor Prefeito. Culpa de quem? De São Pedro? Não se esqueça que o senhor, Prefeito, já foi oposição: lembra que o senhor participou do episódio da “pizza” na Câmara Municipal, quando houve a votação do relatório da comissão processante contra o então prefeito José Donizete? Quer dizer que somente aquela oposição era legítima?

E mais: o senhor alguma vez pediu a minha ajuda em prol de Cassilândia? Que eu me lembre, não. Então, não venha me dizer que não tem ninguém para ajudar a cidade. Pode ser, senhor Prefeito, que o senhor tenha poucas pessoas para ajudá-lo... isso mudará, na hora que o senhor começar a entender que o Prefeito Municipal e Cassilândia são coisas diferentes. Aí sim o senhor verá que tem infinitas pessoas trabalhando para melhorar o NOSSO município





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