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Geral

Artigo de Rogério Cogo: controles de gestão

Rogério Cogo* - 12 de maio de 2008 - 14:21

Nesta semana, o foco de nosso comentário será dado à importância dos controles estratégicos e operacionais de gestão aplicados na estrutura das empresas.

De uma forma geral, com a globalização e com os avanços tecnológicos, os colaboradores passaram a ser mais exigidos por um desempenho eficaz e eficiente em sua esfera de atuação, bem como os controles pessoais e culturais começaram a fazer parte do cotidiano desses colaboradores, uma vez que eles próprios buscam alcançar os objetivos e metas que lhes são atribuídos pela empresa.

Inicialmente, cabe salientar que o sistema de controle de gestão numa empresa objetiva coordenar as decisões de planejamento e controle, orientar o comportamento dos colaboradores, melhorar as decisões em âmbito coletivo dentro da empresa, reunindo dados financeiros e não-financeiros explícitos em relatórios aos níveis hierárquicos mais elevados da organização.

Dentre as características do controle de gestão são importantes: o direcionamento dos controles para os objetivos estabelecidos e a orientação para o futuro, no intuito de que não ocorram inconvenientes durante o sistema, adicionando-se a responsabilidade e a motivação que os colaboradores da organização devem impulsionar em prol da organização.

Os sistemas de controle se apresentam na forma de controle estratégico, tendo foco voltado para fatores do ambiente externo da empresa (posicionamento da empresa no setor e sua possibilidade de competitividade) e na forma de controle gerencial, direcionando o foco para fatores internos da organização (identificação de pontos fracos/fortes e investigação sobre o nível comportamental dos colaboradores).

Os sistemas de controles de resultados influenciam os colaboradores de uma empresa, pois controlam seus comportamentos, mantendo um controle eficaz sobre toda a organização, motivando-os substancialmente, fazendo com que almejem posições hierárquicas superiores às que já possuem.

Quanto aos elementos do controle de resultados tem-se:
• Definição da dimensão do desempenho – fator crítico que indica e define as dimensões das estratégias que devem ser traçadas pela organização.
• Mensuração do desempenho – os colaboradores da organização são avaliados por medidas de desempenho financeiro (altos cargos) e por medidas de desempenho operacionais (cargos inferiores).
• Estabelecimento de metas de desempenho – específicas para cada avaliação a ser efetuada, onde os colaboradores comparam seus desempenhos com os pré-estabelecidos.
• Determinação das recompensas e sanções – a empresa deve motivar seu colaborador se houver êxito na meta estabelecida, bem como impor sanções, caso as metas de desempenho não obtenham o sucesso esperado pela mesma.

A eficácia do controle de resultados está associada ao conhecimento dos resultados esperados nas áreas a serem controladas, à possibilidade de quem está sendo controlado influenciar resultados de forma relevante e à capacidade de medir resultados controláveis, provocando comportamentos desejados dos colaboradores.

Os controles pessoais ajudam a assegurar aos colaboradores que entendam a realização e a busca de algo mais do que lhes foi proposto e estabelecido pela empresa. Já os controles culturais visam estimular bons hábitos aos membros envolvidos na organização.

Com o desenvolvimento da tecnologia da informação, agregado a fatores humanos indispensáveis numa organização, surgiu o controle de gestão do conhecimento. Como conseqüência deste surgimento, desponta o ativo intangível (patentes, licenças, lealdade e fidelidade dos clientes, direitos de autoria), conquistado pela organização por suas capacidades e méritos durante seu tempo de atividade. Outro aspecto a ser analisado é o surgimento do capital humano, classificado em ativo invisível e subdividido em competência do colaborador e estrutura interna/externa.

O conhecimento organizacional depende do nível de investimento em tecnologia que a organização está disposta em realizar, pois desta maneira os colaboradores se beneficiarão com um maior e melhor fluxo informações, o que desaguará numa distribuição eficaz na organização (gestão do conhecimento).

A gestão do conhecimento tem por enfoque principal aumentar o desempenho humano e organizacional, através da disponibilidade do conhecimento de uma empresa por seus colaboradores.

Os ativos do conhecimento são difíceis de serem medidos, principalmente os intangíveis que são exclusivos de cada organização.

Devido à dificuldade de mensurar ativos intangíveis, pode ser criado um sistema de avaliação de ativos, identificando sua finalidade e seu grupo de colaboradores. Assim sendo, cada ativo intangível deve ser agrupado, sendo posteriormente selecionados cinco focos como indicadores utilizados pela empresa, devendo-se considerar que todos os recursos organizacionais necessitam ser avaliados e todas as informações envolvendo a organização ser disponibilizadas freqüentemente para todos os colaboradores, a fim de que as suas decisões sejam sempre dotadas de eficiência, objetivando desta forma, o sucesso da empresa.

Pense nisso e busque colocar em prática!

*ROGERIO COGO é Administrador de Empresas, Consultor Empresarial, Mestre em Estratégias Organizacionais, Pós Graduado em Gestão Empresarial, Gerente de Gestão e Planejamento, Professor e Coordenador Pedagógico do Curso de Administração das Faculdades Integradas de Cassilândia - FIC.

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