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Artigo: Amigas unidas pelo mesmo destino

Terezinha de Jesus Tagliaferro, de Malta - 05 de outubro de 2011 - 07:01

Até hoje, ainda nao encontrei uma resposta a esta minha pergunta: Por que sera que em nossa vida acontece este fato: Tem pessoas a quem nos afeiçonamos a primeira vista, como se fosse nossos velhos conhecidos, enquanto tem outros que conhecemos a tanto tempo e nao faz o mesmo efeito???
Pois é, vou lhes contar uma pequena historia, em relaçao a isto:
Meu marido, foi internado no Hospital do Cancer em Barretos, para uma pequena cirurgia.Se sabia que nao resolvia o problema dele, mas poderia ajudar.
Chegando ali, o paciente entra, enquanto o acompanhante aguarda na sala de espera. Apos a cirurgia, o médico explica ao acompanhante a situaçao do paciente e so depois se pode entrar no quarto.
Todos os dias, logo ao amanhecer o acompanhante deve sair do quarto e so é permitido retornar as 11h; pois o hospital fornece almoço e janta para ambos, mas nao o café da manha para o acompanhante.Posso lhes garantir que as refeiçoes sao otimas e impera a higiene.Tem muitas voluntarias uniformizadas,e muitos gentis que auxiliam na distribuiçao.
Logo que entrei pude observar que maravilha de hospital, os quartos sao pequenos, mas possuem banheiro,que é muito importante.Tem armarios embutidos aproveintando com muita inteligencia cada espaço, onde se pode colocar seus pertences e deixar tudo bem organizado.Sobretudo, é o asseio que conta num lugar como esse, e a limpeza é feita 3 vezes por dia.
Cada quarto hospeda 2 pacientes, entao tem apenas 2 leitos.Os dois acompanhantes devem se acomodar num so sofa.Sinceramente, quando vi esta realidade fiquei muito preocupada, anciosa pra conhecer a minha companheira de aventura.
Duas horas depois, entrou o paciente, saindo de uma cirurgia empenhativa, pois seu caso era mesmo grave.Logo apos, entrou sua esposa.Me afeiçonei a ela a primeira vista e vice-versa.Me sentia protegida por ela e ao mesmo tempo eu fazia de tudo pra aliviar a sua dor.Descansavamos a turno no sofa e dividiamos nossos espaços pequenos fraternalmente.Era uma senhora simples, mas de uma bondade enorme.
Trocamos nossas experiencias de vida, e como sempre, entre mulheres, o assunto cai na culinaria.Pois ela me ensinou a fazer um bolo de fuba com goiabada cascao, que é uma delicia.O Fred gostava muito.Até coloquei o nome da receita \" BOLO DE FUBA DA D.CLISEIDE\".
A familia dela mora em Taguatinga ,os filhos vinham visita-los todos os dias.
Deixamos o hospital no mesmo dia, com algumas horas de diferença, sabendo que o destino ja havia reservado pra nos um futuro proximo dolorido, mesmo assim eramos fortificados pelo laço da solidariedade,da amizade e da paz de Cristo.
Hoje mesmo estou enviando uma carta pra ela, embora sei que os correios no Brasil estao em greve, mas espero que chegue.Tenho noticias dela, via e-mail, que a filha dela gentilmente me envia.Até recebi um convite dela pra visita-la e pretendo ir.
D. Cliseide restara sempre na minha memoria porque mesmo na dor, passamos momentos felizes e todos estes sentimentos marcam a vida da gente.


Terezinha de Jesus Tagliaferro

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