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Artigo: A verdade por trás das cortinas

*Rogério Tenório de Moura - 24 de novembro de 2010 - 20:38

Em vez de dar uma versão acadêmica (e prolixa como estas costumam ser) sobre contratos de mercados e futuros, comodities, títulos do tesouro, CDB, fundos de renda fixa, ações, opções, inflação, recessão e outros termos complexos do economês extravagante que os analistas financeiros tanto amam, farei uso de uma abordagem bem mais simples (mas bem mais efetiva) da qual Jesus nunca abriu mão em seu ministério: parábolas. Elas funcionam tão bem que mais de dois mil anos após a passagem dEle pela Terra, ainda há bilhões de pessoas capazes de matar ou morrer em seu nome, por mais contraditório que isso possa parecer!
Era uma vez uma pequena cidade, seus habitantes viviam endividados e sobrevivendo à custa de crédito. Na verdade, só quem efetivamente ganhava dinheiro eram os agiotas, até mesmo os bancos se negavam a fazer empréstimos, pois a maioria da população tinha restrições de crédito ou não tinha como comprovar capacidade de pagamento.
Certo dia chega um gringo rico entra num pequeno hotel. O mesmo saca uma nota de R$ 100,00; põe no balcão e pede para ver um quarto.
Enquanto o gringo vê o quarto, o gerente do hotel sai correndo com a nota de R$ 100,00 e vai até o açougue pagar suas dívidas com o açougueiro.
Este, pega a nota e vai até um criador de suínos a quem deve e paga tudo.
O criador, por sua vez, pega também a nota e corre ao veterinário liquidar sua dívida.
O veterinário, com a nota em mãos, vai até a zona pagar o que devia a uma prostituta (em tempos de crise essa classe também trabalha a crédito).
A prostituta sai com o dinheiro em direção ao hotel, lugar onde, às vezes, levava seus clientes e que ultimamente havia utilizado na pendura e paga a conta.
Nesse momento, o gringo chega novamente ao balcão, pede a nota de volta, agradece, mas diz não ser o que esperava e sai do hotel e da cidade.
Ninguém ganhou nenhum vintém, porém agora toda a cidade vive sem dívidas e começa a ver o futuro com confiança!
Moral da história: Quando o dinheiro circula, não há crise! É por isso que em meio a crise de1929 os norte-americanos apostaram na construção do Empire State Building; pelo mesmo motivo, quando a “marola” atingiu o Brasil, o governo federal zerou o IPI de carros e produtos da linha branca. É por isso que toda vez que uma crise se delineia governos criam programas gigantescos de investimento em infra-instrutora e de facilitação de acesso ao crédito. Capito?!

*Rogério Tenório de Moura é licenciado em Letras pela UEMS, especialista em Didática Geral e em Psicopedagogia pelas FIC.

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