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Anunciados R$ 11 mi para pesquisas com células-tronco

Agência Brasil - 04 de abril de 2005 - 14:15

Centros de pesquisa que desenvolvem estudos com células-tronco no País vão receber investimentos do Ministério da Ciência e Tecnologia para ampliar os trabalhos científicos em busca de tratamento e cura para doenças. A informação foi dada hoje pelo ministro Eduardo Campos ao participar de seminário sobre a nova lei de Biossegurança na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Segundo o ministro, ainda nessa semana, será lançado em parceira com o Ministério da Saúde um edital para liberação de R$ 11 milhões para essas pesquisas. O ministro disse ainda que o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) vai verificar as necessidades dos grupos de pesquisa da área em relação a bolsas e recursos.

"Nós sabemos que existem cinco milhões de pessoas no Brasil, portadoras de doenças que levam a atrofia muscular, diabetes, Parkinson, comprometimento da medula por causa de acidentes, que têm grande perspectiva de cura. Por essa razão precisamos avançar e manter o Brasil na posição de liderança na área de biotecnologia", destacou o ministro.

A programação do evento que reuniu pesquisadores, estudantes, médicos e representantes de entidades de Defesa dos Direitos dos Deficientes, também inclui debate sobre organismos geneticamente modificados.

O diretor executivo da empresa Brasileira e Pesquisa Agropecuária, Geraldo Eugênio de França disse que, antes da aprovação da lei de Biossegurança, o país vivia um momento de dificuldade com a introdução da soja geneticamente modificada de forma irregular, através da compra de sementes da Argentina e do Paraguai. Segundo ele, isso trazia implicações ao país.

"Primeiro sobre a própria segurança ambiental, já que não se conhecia o impacto do vegetal sobre as outras culturas, e, depois, por causar prejuízos econômicos à indústria nacional de sementes".

Na avaliação de Geraldo, até o momento a pesquisa com transgênicos na agricultura esteve concentrada em características agronômicas, como resistência a insetos e pragas. Ele acrescentou que, numa segunda fase, serão introduzidos caracteres nutricionais.

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