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Angolano é preso com "dólares pretos”; golpe seria no MT

Nadyenka Castro/Campo Grande News - 09 de março de 2008 - 15:08

A PRF (Polícia Rodoviária Federal) prendeu na madrugada deste domingo na BR-163 em Jaraguari, a 46 quilômetros de Campo Grande, o angolano Leopoldino Henriques da Conceição, 30 anos.

Ele foi flagrado com 33 mil cédulas de “dólares pretos” durante fiscalização em um ônibus da empresa Andorinha. Lepoldino disse aos policiais que havia saído de São Paulo com destino a Cuiabá, Mato Grosso, onde a entregaria a uma pessoa desconhecida.

Declarou ainda que o golpe do “dólar preto” seria aplicado em Rondonópolis e que mora a mais de um ano em São Paulo e quem tem visto no Brasil.

Os policiais suspeitaram do angolano e revistaram a bagagem dele, onde foi encontrada em uma grande bolsa uma caixa retangular com tampa chaveada. Dentro da caixa haviam 33 mil papéis pretos pouco maior que o tamanho de cédulas.

Também havia com suposto reagentes químicos e supostamente timbradas do governo americano. O reagente seria utilizado para tirar a tinta preta sobre o dinheiro e no papel timbrado informações, uma espécie de manual para a limpeza das notas.

No papel timbrado há ainda uma espécie de atestado de que o governo americano adotasse esta prática de pintar dinheiro para encaminha-los sem chamar a atenção para países, geralmente africanos.

No teste realizado preliminarmente pela PRF com aplicação do “reagente”, nas quatro primeiras notas a tinta preta saiu, sendo constatados dólares verdadeiros. As demais supostas cédulas são apenas papéis pretos.

Golpe - O golpe do “dólar preto” é quase sempre explicado ás vítimas da mesma maneira. O golpista diz que tem determinada quantia em dólar e gostaria de vender. Geralmente o preço é bem abaixo do valor supostamente existente.

Eles dizem que os papéis pretos são uma remessa do governo americano para a África ou aliados, produzido desta forma para não chamar a atenção, sendo que com a aplicação de um produto químico se transforma em dólar.

Os golpistas colocam algumas notas verdadeiras para fazer o teste na presença das vítimas para convence-las de que se trata de um ótimo negócio.

Geralmente ainda falam que as vítimas têm o prazo de 72 horas para a aplicação do reagente químico sob pena de se perder o efeito, e que teriam muitas maletas não tendo como se desfazer delas em um curto espaço de tempo, motivo pelo qual estariam vendendo-a.

O formato diferenciado das maletas, o pó branco misturado às notas pretas também são componentes da dar sensação de realidade ao golpe.

O angolano foi encaminhado à Polícia Federal em Campo Grande junto com o material apreendido.

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