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André: dívida de curto prazo chegou a R$ 1,167 bilhão
A dívida de curto prazo recebida pelo governador André Puccinelli (PMDB) ao assumir o Executivo estadual em 1º de janeiro chegou a R$ 1,167 bilhão, segundo informações repassadas na tarde desta terça-feira (13 de fevereiro) à Assembléia Legislativa de Mato Grosso do Sul. Puccinelli se reuniu no fim da tarde com o presidente da Casa de Leis, Jerson Domingos (PMDB), a quem repassou os números que fazem parte da mensagem do Executivo a ser encaminhada para a Assembléia, e que será lida na quinta-feira (15), durante a abertura do ano legislativo.
O governador compareceu à Assembléia para efetuar uma visita de cortesia, como ele mesmo definiu, ao mesmo tempo em que repassou aos parlamentares números sobre a situação financeira de Mato Grosso do Sul. O governo tem a obrigação de apresentar o quadro para a Assembléia em sua mensagem, além de encaminhar a projeção de arrecadação do governo, explicou. Puccinelli disse que, por se tratar de início de governo, as projeções não seriam necessárias, e não devem fazer parte do documento.
A respeito da arrecadação, o governador disse estar preocupado, mas garantiu que irá relatar a realidade que encontrei. Puccinelli destacou não caber a ele julgar se o ex-governador feriu ou não a Lei de Responsabilidade Fiscal, mas ressaltou os números encontrados por ele sobre as dívidas de curto prazo. Ao contrário do que o Mariano [Cabreira, presidente regional do PT] disse, de que a dívida seria menor, os números são esses, afirmou.
Cabreira e Puccinelli apresentaram versões diferentes sobre as dívidas do governo logo no início da atual administração. Antes de assumir, o atual governador disse esperar dívidas de curto prazo que chegariam a R$ 500 milhões, números contestados por integrantes do governo Zeca e do PT.
A guerra verbal teve início quando chegou a público a informação de que o ex-governador quitou dívidas com fornecedores, deixando em segundo plano compromissos com a dívida da União que totalizaram R$ 46 milhões no pagamento feito por Puccinellli. Por conta da falta de caixa, os salários de dezembro do funcionalismo não foram quitados.
Puccinelli também informou que a dívida consolidada do Estado ultrapassou a casa dos R$ 6 bilhões. No dia 30 de janeiro, o Diário Oficial do Estado trouxe o demonstrativo da dívida consolidada líquida referente ao período de janeiro a dezembro de 2006. No balanço, apontou-se que o valor exato era de R$ 6.208.129.096,63, ainda dentro limite constitucional equivalente ao dobro da receita corrente líquida (de R$ 3.444.897.266,16), que chega ao total de R$ 6.889.794.532,32.