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Analistas prevêem aumento dos indicadores inflacionários

Stênio Ribeiro/APn - 24 de maio de 2004 - 09:55

O nervosismo que tomou conta do mercado internacional nas últimas semanas contaminou o otimismo de analistas e institutos financeiros que são consultados todas as semanas pelo Banco Central. Na pesquisa da última sexta-feira, divulgada hoje pelo BC, eles aumentaram as perspectivas de todos os indicadores de inflação, a começar pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que serve de parâmetro oficial.

Pelas contas do mercado, a expectativa de IPCA anual, que era de 6,17%, sobe para 6,36%, e o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (IPC-Fipe) da USP, que pesquisa o comportamento de varejo só em São Paulo, também evoluiu de 5,39% para 5,47%.

As maiores altas foram registradas nos indicadores de preços no atacado: o Índice Geral de Preços com Disponibilidade Interna (IGP-DI) passou de 9% para 9,42% e o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) de 8,90% para 9,32%.

Até a expectativa de IPCA deste mês também aumentou de 0,44% para 0,46%, levando junto a perspectiva de inflação para o mês que vem de 0,41% para 0,45%. Essa movimentação eleva, ainda, a previsão de IPCA para 2005, que deve ser de 5,15%. Acima, portanto, da meta de 4,5%, do governo.

Em decorrência da expectativa de aumento dos preços dos combustíveis, os preços administrados também devem aumentar de 7,20% para 7,50%, no acumulado de 2004.

A pesquisa do BC mostra que a perspectiva de R$ 3,05 para a taxa de câmbio, no final do ano, aumentou para R$ 3,08 por dólar norte-americano, embora sua cotação tenha chegado a R$ 3,21, na semana passada. O pessimismo do mercado influenciou, ainda, a taxa básica de juros (Selic) - Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa atual de 16% ao ano. A perspectiva anterior, de encerrar o ano com 14%, deu lugar, agora, à expectativa de 14,50%.

A nota positiva da pesquisa fica por conta do aumento da perspectiva de saldo da balança comercial, que pulou de US$ 25,30 bilhões para US$ 26 bilhões, elevando, também, a previsão de superávit em contas correntes externas para US$ 2,40 bilhões. Apesar disso, a dívida líquida do setor público deve crescer mais um pouco em relação ao Produto Interno Bruto (PIB). O prognóstico de 56,90%, na semana passada, foi para 57%, com reflexos na relação dívida/PIB em 2005, que foi elevada de 55,20% para 55,40%.

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