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Analistas mantêm pessimismo em relação à taxa de juros

Stenio Ribeiro/ABr - 09 de agosto de 2004 - 15:11

O mercado financeiro, pessimista quanto à continuação, nos próximos meses, do processo de flexibilização monetária, que consiste na redução da taxa básica de juros (Selic), não projeta nenhuma perspectiva de baixa dos juros, na reunião que o Comitê de Política Monetária (Copom) fará na próxima semana.

Pesquisa realizada pelo Banco Central, na semana passada, junto a quase uma centena de analistas de mercado e instituições financeiras, mostra que não há nenhuma expectativa de redução (na semana passada ainda se acreditava em queda de 0,25 ponto percentual), e a taxa Selic deve mesmo encerrar 2004 nos atuais 16% ao ano.

A previsão de 14,25%, em 2005, está mantida, caso persista um cenário sem sobressaltos na política cambial, em que o dólar norte-americano termine 2004 cotado a R$ 3,10 (R$ 3,25 no ano que vem). Essa estabilidade vai permitir, também, uma pequena queda na relação da dívida líquida do setor público com o Produto Interno Bruto (PIB), de 57% para 56,95% neste ano, e de 55,05% para 55%, em 2005.

Os prognósticos sobre o saldo da balança comercial aumentaram mais um pouco: de US$ 29,10 bilhões, na semana passada, para US$ 29,70 bilhões, segundo o Boletim Focus divulgado hoje pelo BC (há quatro semanas, a projeção era de US$ 28 bilhões). ESse aumento empurra para cima também a expectativa do saldo de conta corrente, de US$ 6,10 bilhões para US$ 6,40 bilhões neste ano, e de US$ 2,70 bilhões para US$ 2,81 bilhões em 2005.

O bom comportamento da economia no exterior, somado aos sinais de revitalização continuada na indústria, comércio e construção civil, faz com que o mercado financeiro eleve, também, o grau de otimismo no crescimento do Produto Internio Bruto (PIB). As expectativas evoluíram de 3,52%, há quatro semanas, para 3,70%, na semana passada, e agora está em 3,79%. A perspectiva de aumento do PIB para 2005 foi mantida em 3,50%.

A grande incógnita dos analistas continua sendo a inflação, uma vez que há três meses têm sido anotados aumentos gradativos da variação de preços, tanto no atacado quanto no varejo. Um dado positivo chama a atenção: a reversão contabilizada pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da cidade de São Paulo, medido pela Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (Fipe) da USP, apontava para 6,40%, na semana passada, e agora prevê 6,31% no ano.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede o comportamento do mercado varejista em todo o país e serve de parâmetro para correções oficiais, está em alta há 13 semanas, e aumentou sua projeção de 7,15% para 7,20%, distanciando-se cada vez mais do centro da meta de 5,5%.

A expectativa de IPCA do mês de julho, que será divulgado na próxima quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi mantida em 0,95%, e a perspectiva para este mês passou de 0,58% para 0,59%. Enquanto isso, a projeção de inflação acumulada para os próximos doze meses subiu de 6,29% para 6,40%.

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