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Alta do dólar impulsiona inflação de alimentos
A elevação do dólar impulsionou a inflação de alguns alimentos em Campo Grande na primeira semana de outubro sobre igual período de setembro, segundo o IPC/CG (Índice de Preços ao Consumidor da cidade de Campo Grande), calculado pelo Nepes (Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais). A farinha de mandioca foi o produto que apresentou a maior alta. Apesar do avanço de preços de alguns itens, o grupo alimentação registra variação de apenas 0,13%.
Apesar de leve, a inflação é significativa se considerar que nos meses anteriores, os alimentos vinham registrando deflações. Em setembro, o índice do grupo foi de -1,24%. Apesar da queda generalizada nos preços das commodities, o aumento no valor do dólar afetou os produtos de alimentação no Brasil, analisa o coordenador do Nepes, professor Celso Correia de Souza. O aumento no preço do açúcar, ainda, pode estar relacionado com a queda na produção de açúcar na Índia, grande exportador do produto, acrescenta.
Na primeira semana de outubro os produtos que apresentaram as maiores variações positivas foram: farinha de mandioca (23,23%), presunto (18,08%), beterraba (17,93%), açúcar (17,23%) e batata (12,96%). Já os itens que apresentaram as maiores quedas de preços foram: cebola (-38,91%), pimentão (-27,71%), berinjela (-24,29%), manga (-19,87%) e atum (-17,97%).
Carne
O subgrupo carnes também apresentou fortes variações. O preço dos miúdos de frango aumentou 12,93% em relação a primeira semana de setembro. Os cortes de carne bovina, que registraram os maiores índices positivos, foram costela (12,33%), filé mignon (11,30%), contrafilé (6,67%) e peito (5,49%).
Por outro lado, os cortes músculo, paleta e patinho registraram deflação em seus preços de 9,64%, 8,35% e 4,29%. O mesmo aconteceu com os cortes de carne suína. O preço da costeleta, pernil e bisteca registraram índices de -7,48%, -11,34% e -13,84%.
Osvaldo Júnior - Midiamax