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Aldo: eleição da Mesa não vai ser decidida sem disputa

Agência Câmara - 11 de janeiro de 2007 - 07:27

O deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), candidato à reeleição para a Presidência da Câmara, afirmou nesta quarta-feira que respeita a decisão do PMDB de apoiar a candidatura do líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP). Aldo avaliou, porém, que a disputa do principal cargo da Mesa Diretora está apenas no início. Ele disse que o que foi comemorado na terça-feira (9) - quando a bancada do PMDB escolheu o nome de Chinaglia - não foi sequer o primeiro gol da partida e que o jogo, de fato, acontecerá no dia 1º de fevereiro.

Aldo afirmou ter tomado conhecimento de que lideranças da campanha adversária estariam adotando medidas para pressioná-lo pela retirada de sua candidatura à reeleição. O presidente da Câmara garantiu, porém, que manterá sua candidatura até o fim.

"Esse movimento indica que meus adversários desejam ganhar a partida por W.O. [situação, no esporte, em que apenas uma equipe se apresenta para a disputa] - ou seja, não querem um concorrente em campo. Querem a volta olímpica sem jogo. Posso assegurar que isso não vai acontecer", destacou.

Pressões
De acordo com Aldo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não vai aceitar pressões pela retirada de sua candidatura. "O presidente Lula me conhece há muito tempo e não aceitará qualquer tipo de proposta que tire da eleição da Câmara o seu devido caráter democrático", avaliou.

Ele informou que, até o dia da eleição, vai continuar mantendo contato com todos os parlamentares com o objetivo de ampliar a sua base de apoio, que já conta com integrantes da base governista e da oposição.

Bancada do PMDB
Aliados de Aldo Rebelo não acreditam que o apoio formal do PMDB a Arlindo Chinaglia represente algum perigo. Para o deputado Ciro Nogueira (PP-PI), boa parte da bancada do PMDB ainda não embarcou na candidatura do PT - o que, segundo ele, pode ser comprovado pelo fato de o candidato petista ter conseguido o apoio de 46 parlamentares de um total de 90 que comporão a bancada do PMDB na próxima legislatura.

O deputado Beto Albuquerque (PSB-RS) avalia que não há mais possibilidade de recuo de nenhum dos dois candidatos, nem de convergência dos partidos aliados ao governo em torno de uma candidatura. "Essa eleição será decidida com uma diferença máxima de 20 votos; vai ser muito apertada e bastante competitiva", estimou.

Beto Albuquerque e Ciro Nogueira afirmam que a discussão sobre um eventual reajuste dos salários dos parlamentares não deve ser usada para conseguir votos. Os debates, segundo eles, devem se restringir a propostas que recuperem a imagem da Câmara e defendam o exercício livre dos mandatos.

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