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Geral

Agosto infernal ou calmo?

Manoel Afonso - 29 de julho de 2015 - 10:26

O estigma ganhou força em nosso imaginário com tragédias que ceifaram a vida de figuras ilustres da política: o suicídio de Getúlio Vargas em 1954, a renúncia de Jânio Quadros em 1961, a morte de JK em 1976, de Miguel Arraes em 2005 e Eduardo Campos em 13 de agosto do ano passado.

Mas, o ‘exercício da futurologia’ neste período vem sendo uma pratica corrente na mídia devido aos fatos que tem monopolizado a opinião pública em todos os níveis. Se não bastasse o infernal astral que atinge o Planalto decorrente da ‘Lava Jato’ e das divergências com o Congresso, aqui o cenário parece de nitroglicerina pura.

A chamada operação ‘Lama Asfáltica’ já pode ser considerada um verdadeiro tsunami pelos estragos em lideranças partidárias e que devem refletir no quadro sucessório de 2016, notadamente na capital. Os redutos mais atingidos – por enquanto - são do PMDB e PR – representados por André, Nelsinho e Giroto.

Paralelamente, essa operação da Polícia Federal acabou recolhendo subsídios que incriminariam políticos e empresários no episódio que culminou com a cassação do então prefeito Bernal. Como esse processo ainda encontra-se ‘sub-judice’, já se fala na hipótese de seu retorno, uma possibilidade remota pela sua complexidade.

Mas o que se pretende abordar aqui é a preocupação da população em continuar prejudicada por essa situação insustentável sentida no dia a dia. É como se o campo-grandense tivesse sido atirado a um barco frágil no meio de uma tormenta interminável, distante de um porto seguro.

Ora! O resultado das urnas que elegeu o sucessor de Nelsinho foi legítimo, mas na pratica a nova administração decepcionou em todos os sentidos. Despreparado, Bernal não desceu do palanque, não agregou gente capaz para ajudá-lo. Suas promessas de campanha não se realizaram, criando um clima político jamais visto na capital. Ainda contaminado pelo resultado das urnas, repetiu Jânio Quadros e Collor nas relações com o Legislativo. Deu no que deu!

Hoje, o campo-grandense precisa fazer uma leitura racional do quadro que se apresenta, sem se deixar levar por outros fatores incompatíveis com a situação. Piorar o que está aí seria inconcebível para os padrões que estávamos acostumados - numa capital até então considerada como uma das melhores do país.

Claro que as decisões virão do Judiciário, mas é importante que a população manifeste seu desejo de que a atual administração municipal consiga implementar as medidas básicas que garantam a estabilidade necessária. Problemas existem, mas pior mesmo seria uma nova ‘tragédia’ em Agosto. De leve...

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