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Geral

Aftosa: última fase de vacinação se aproxima

Cristiane Sandin - 21 de outubro de 2003 - 16:21

A última fase de vacinação contra febre aftosa em Mato Grosso do Sul está marcada para começar dia 1° de novembro. A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) alerta os pecuaristas para não deixarem a vacinação para a última hora. O prazo deve se estender até o dia 30 para o Planalto e 15 de dezembro para os pantaneiros que optaram pela campanha de novembro. Nessa terceira e última fase todo o rebanho do Planalto e do Pantanal devem ser vacinados sem exceção.
De acordo com a assessoria da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), os números registrados na última fase da campanha no mês de maio, onde foram vacinados animais com até dois anos de idade, Mato Grosso do Sul imunizou 11,5 milhões de bovinos nas regiões do Planalto e do Pantanal. Das 56.772 propriedades rurais, 41.889 vacinaram os rebanhos.

Segundo o gerente de inspeção sanitária animal e vegetal da Iagro, Osvaldo Dias, para evitar maiores problemas a vacinação deve ser realizada simultaneamente em parceria com o nosso vizinho, o Paraguai. A intenção é de prevenir possíveis focos da febre aftosa que colocam não só o Estado como todo o Brasil em risco.


VACINAS

A preocupação com as barreiras sanitárias impostas pelos principais mercados consumidores deve trazer impacto de crescimento nas vendas de dose anti-aftosa este ano. A expectativa, divulgada pelo governo brasileiro, é que elas saltem 5% este ano em relação a 2002, chegando a 330 milhões de doses em todo o Brasil.

Aqui em Mato Grosso do Sul, por exemplo, a vacinação é de grande importância até porque o Estado é o maior produtor de carne bovina no Brasil e responsável por 48% de toda a carne consumida no país. Segundo o médico veterinário Pércio de Souza e Silva é importante que o produtor vacine todo o rebanho. "A última fase completa todo um ciclo de imunização que já vem sendo feito desde o início do ano. Para que a sanidade possa permanecer garantida é fundamental a comprovação da vacinação", explica.

O prazo para a entrega dos frascos deve ser feito até quinze dias após a retirada da nota em qualquer agência da Iagro. Em caso de dúvidas basta ligar para o disk aftosa no telefone 0800-679120.

BOX

Mas não é só a febre aftosa que preocupa os especialistas, tem também outras doenças como a brucelose, tuberculose e a raiva bovina. O alerta é do veterinário Pércio de Souza e Silva:

BRUCELOSE – É uma doença infecciosa causada por uma bactéria - a Brucella - que afeta o rebanho bovino de leite e de corte. Para prevenir é necessário vacinar. A vacinação ocorre após a desmama, aproximadamente de 3 a 8 meses, e deve ser aplicada somente nas fêmeas. É obrigatório que a vacinação seja feita por um médico veterinário devidamente cadastrado no Programa Nacional de Controle de e Erradicação de Brucelose e Tuberculose (PNCEBT/Iagro). A vacinação é única sendo que o animal deve receber uma marcação do lado esquerdo da "cara". (Marca V, de vacinado, e o ano da vacinação).

TUBERCULOSE – Doença infecto-contagiosa, transmissível. A tuberculose ataca homens e animais e é tão grave que pode matar. A bactéria - Bacilo de Koch - se instala nos ossos, intestinos, rins, linfonodos e, principalmente, nos pulmões, provocando tosse, falta de apetite e debilidade física. Para prevenir é necessário o exame, que é feito por médicos veterinários credenciados, que pode ser feito na propriedade rural.




RAIVA – É uma doença causada por vírus, que acomete a maioria das espécies animais, causando sérios prejuízos econômicos à pecuária sul-mato-grossense. Alerta!!! Cerca de 30% da população bovina do estado encontra-se em área de risco. A imunidade deve ser feita com vacinação anual do rebanho em qualquer idade e controle da população de morcegos hematófagos (aqueles que se alimentam de sangue). A raiva mata bois, búfalos, cavalos, cabritos, ovelhas, porcos, cães, gatos, animais silvestres, animais selvagens e também nós, seres humanos.





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