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Adjunto da Secretaria de Desestatização substitui Joaquim Levy no BNDES

Campo Grande News - 17 de junho de 2019 - 21:00

O governo federal confirmou nesta segunda-feira (17) a nomeação de Gustavo Montezano para o cargo de presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), em substituição a Joaquim Levy –que se demitiu no domingo (16) em meio à polêmica da nomeação do advogado sul-mato-grossense Marcos Barbosa Pinto, que como Levy já atuou em gestões do PT, para uma das diretorias da instituição.

Montezano era, até então, secretário especial adjunto da Secretaria de Desestatização e Desinvestimento do Ministério da Economia, pasta comandada por Paulo Guedes. Graduado pelo IME (Instituto Militar de Engenharia), ele é mestre em Economia e tem experiência no mercado financeiro –foi sócio-diretor do Banco Pactual e responsável pela divisão de crédito corporativo e estruturados da instituição.

Levy entregou sua carta de demissão no domingo, após o presidente Jair Bolsonaro dizer que estava “por aqui” com o então presidente do BNDES –alçado para o posto por indicação de Guedes que, por sua vez, também demonstrou insatisfação com o dirigente diante da demora em abrir a “caixa-preta” da instituição financeira. Durante as gestões petistas, o banco ficou conhecido por financiamentos de grandes empreendimentos fora do país, como na Venezuela e em Cuba.

Pivô – Ministro da Economia na gestão de Dilma Rousseff, Levy também desagradou ao defender a indicação de Marcos Barbosa Pinto para a Diretoria de Mercado de Capitais do BNDES. Isso porque o advogado tem um histórico de atuação junto às gestões petistas. Ele já havia trabalhado no banco entre 2005 e 2007, nos Governo Lula, chefiando o gabinete de Demian Fiocca, então presidente da instituição.

Barbosa Pinto é natural de Amambai –a 360 km de Campo Grande–, onde morou até a adolescência, sendo filho de Almiro Pinto Sobrinho, ex-vereador e ex-presidente da Câmara do município. Mestre em Direito pela Universidade de Yale (EUA) e em Economia e Finanças pela Fundação Getúlio Vargas e doutor pela USP (Universidade de São Paulo), também presidiu a CVM (Comissão de Valores Mobiliários, que regula o mercado de capitais) e foi consultor do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) junto ao Ministério do Planejamento, também na gestão do ex-presidente petista.

Conforme a Folha de S. Paulo, ele também se apresentou como partícipe das equipes que elaboraram o anteprojeto de lei das PPPs (parcerias público-privadas) e do Prouni, que oferece bolsas de estudo a alunos de baixa renda. No setor privado, foi professor da FGV e integrou os conselhos de administração de empresas como a ALL (América Latina Logística), Energisa, BR Malls, São Francisco Saúde e Fibria.

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