Ao anunciar hoje sua saída do Ministério dos Transportes para disputar a prefeitura de Uberaba, em outubro, o ministro Anderson Adauto disse que sai de cabeça erguida. Ele afirmou que os problemas ocorridos na sua gestão foram causados por “interesses contrariados”.

O ministro citou o exemplo o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transporte (Denit), para ele um órgão complicado, de interesses “transversos”. Adauto ressaltou que, no ano passado, foram recuperados 37 mil quilômetros de rodovia e restaurados completamente quatro mil quilômetros.

Segundo o ministro, os processos licitatórios realizados em sua gestão foram executados com transparência. “Diminuímos em 25% as licitações. Isso é uma prova inequívoca de que tivemos um bom comportamento, o que nos permite sair de cabeça erguida”.

Amanhã, Adauto acompanhará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice, José Alencar, na viagem para inaugurar o trecho de 36 quilômetros recuperados da rodovia 262 que liga Vitória a Corumbá (MT).

O asfaltamento da via conclui uma obra inacabada que começou há vinte anos nos trechos que ligam Vitória (ES), Belo Horizonte (MG) e as cidades mineiras de Araxá, Uberaba e Campo Florido.

Na ocasião, segundo Adauto, ele pretende acertar com o presidente Lula o afastamento do Ministério. “Quero ter condições legais para ser candidato”, observou. Ele explicou que a lei exige o desligamento de cargos do executivo até o final de março.