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Geral

Acusado de morte em condomínio confessa crime

TJGO - 11 de outubro de 2007 - 08:03

Interrrogado ontem (10) pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 1ª Vara Criminal de Goiânia, o servente de pedreiro Elisandro Gomes da Silva, acusado de matar a ex_companheira Kênia Regina de Souza Batista, confessou o crime mas disse que as circunstâncias foram diferentes das relatadas pelo Ministério Público. O crime ocorreu em 7 de maio deste ano, por volta das 10 horas, no condomínio horizontal Portal do Sol, onde os dois trabalhavam.

De acordo com Elisandro, a vítima chegou a morar com ele durante 1 ano e 8 meses. Mesmo após o fim da relação, ambos conversavam normalmente e chegaram a pegar o mesmo ônibus para o trabalho, no dia do fato. Na ocasião, combinaram de ir juntos pagar uma prestação nas Casas Bahia. Antes, ele iria à residência onde ela trabalhava para tomar um café.

Contudo, segundo Elisandro, ao se reencontrarem, já na mencionada casa , os dois começaram a discutir por problemas financeiros, quando a vítima teria dito que ele deveria "deixar de ser besta" e que "só prestava para ser corno pois mulher tem de fazer homem de idiota". Ao ouvir tais ofensas, o servente de pedreiro disse que puxou um revólver que estava em uma bolsa e engatilhou, momento em que a vítima bateu a mão na arma provocando o disparo que a atingiu na boca, ocasionando-lhe a morte.

Chorando durante a audiência, o servente disse que na ocasião ficou desesperado e permaneceu por 10 minutos no local. "Não tive intenção de acertá-la", afirmou, relatando que em seguida foi para sua residência. Questionado pelo juiz sobre o motivo de estar armado naquele momento, Elisandro disse que cerca de cinco meses antes um ladrão entrara em sua casa, levando–o a chamar a polícia. "Depois disso o ladrão entrou em ação com a polícia e fiquei com medo", justificou.

Acusação

De acordo com o Ministério Público (MP), a relação entre acusado e vítima era muito conturbada. As discussões chegaram a tal ponto que Elisandro agrediu Kênia fisicamente, o que a levou a deixá_lo definitivamente. Inconformado, ele resolveu matá_la. Na época, ambos trabalhavam no Portal do Sol. Ela, como empregada doméstica em uma residência, e ele, como servente de pedreiro em outra. No dia do crime, por volta das 8h30, Elisandro disse ao mestre de obras que iria até a casa onde Kênia trabalhava, pois havia combinado com o patrão dela de irem visitar uma fazenda, o que era mentira. Ao chegar à residência, dirigiu-se até a área de serviços e, sem que a doméstica esboçasse qualquer defesa, sacou o revólver e deu um tiro em sua boca. Por esse ato, foi acusado de homicídio qualificado por motivo torpe e uso de recurso (surpresa) que impossibilitou a defesa da vítima. (Patrícia Papini)

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