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A crônica do Corino - Brasil: ame-o ou ame-o

Corino Rodrigues Alvarenga - 28 de outubro de 2006 - 05:36

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O Brasil volta às urnas neste domingo, dia 29, para escolher, em segundo turno, o próximo presidente da República, tendo, de um lado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à reeleição, e, de outro, Geraldo Alckmin (PSDB), ex-governador do Estado de São Paulo.
O exercício do voto é imprescindível para a consolidação das nossas instituições democráticas, uma vez que esta é a quinta eleição presidencial depois de mais de duas décadas de ditadura militar.
Eu costumo dizer que a democracia brasileira é uma moçoila, ainda na adolescência, caminhando para a fase adulta, que talvez já tenha debutado, mas que ainda requer certos cuidados antes do necessário amadurecimento.
Os avanços alcançados no período pós-ditadura – findada no governo João Baptista de Oliveira Figueiredo, em 1984 – são incontestáveis e estão se fortalecendo a cada dia, a cada eleição, a cada voto.
Os homens passam; as instituições permanecem, perenes, sólidas.
É essa consciência de cidadania brasileira que todo eleitor tem que ter no domingo da eleição presidencial e se doar para o seu País, com profundo zelo, com absoluta noção de seu papel na sociedade, com total sentido de pátria, de célula viva de um corpo tão jovem e necessitado de carinho que é o Brasil. O Brasil precisa do seu amor neste domingo também. Só há dois caminhos: ame-o ou ame-o. Repita isso, por favor, amigo: ame-o ou ame-o.
Votar errado no domingo e pôr a culpa nos políticos depois (prendendo-se na desculpa de que todo político é igual) é uma terrível desfaçatez. Não faça isso, meu amigo.
Todos nós, enquanto brasileiros, somos responsáveis diretos por tudo que nosso País conquistou ou deixou de conquistar nestes cinco séculos e seis anos de vida.
Por mais que tenhamos declinado das diretrizes que devem sempre nortear as grandes nações, ainda assim, amigo, temos que ter ciência de que a concepção e a consciência de Nação dependem diretamente de cada um de nós.
O voto é o freio ou a rédea solta. Se houver erro coletivo, quem paga é a coletividade; se houver acerto na escolha, todos ganham.
E quem é o melhor para o Brasil? O melhor, amigo, é aquele que, segundo a sua consciência, o seu conhecimento e a sua capacidade intuitiva, reúne melhores condições para governar o País.
É líquido e certo que, entre os dois candidatos a presidente, há aquele que está melhor qualificado para gerir os destinos brasileiros, que pode realizar uma gestão com maior eficácia, respeitando o ordenamento jurídico, o Estado de Direito, a Carta Magna, as reais necessidades da maioria do povo brasileiro, com absoluta noção de que o erário não é nem pode ser apêndice de seus interesses pessoais.
Mas essa é tarefa que cabe a cada um de nós, sem a ação coercitiva de quem quer que seja, e, sobretudo, sem a leviandade do palpite.
Vote neste domingo. Escolha o próximo presidente do Brasil. Depois, não vai adiantar chorar o leite derramado. Ou, como se diz lá no Entroncamento do Itajá, bem pertinho da minha Cassilândia querida: “Não adianta chorar as pitangas, Zé, porque cara feia não paga dívida.”

Corino Rodrigues de Alvarenga
Contato com o colunista:
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