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A crônica do Corino: Amin José merece

Corino Rodrigues de Alvarenga - 17 de janeiro de 2008 - 09:58

O Cassifolia 2008 estará mais rico este ano.
A informação de que Amin José será tema de samba-enredo do carnaval, por si só, já valoriza o Cassifolia, isto é, o carnaval cassilandense.
“O pioneiro Amin José, pai do ex-prefeito de Cassilândia, Edio Amin, será tema do samba-enredo do carnaval deste ano em Cassilândia”, diz a lépida notícia, que nos remete a uns 50 anos atrás, lê pelos idos do século passado, quando, ao lado de pioneiros como Joaquim Balduíno de Souza, o “Cassinha”, e Sebastião Leal, o descendente daquelas bandas do Líbano desempenhou papel tão importante.
Eu tive a honra de escrever o livro A Verdadeira História de Cassilândia, em 1986, pela Editora Brasília, de Campo Grande, que, com suas 163 páginas, trouxe fatos importantes da nossa história e muitos ilustrados pelo nome de Amin José.
Sem nenhum exagero, Amin José foi um homem à frente de seu tempo, sendo responsável direto por conquistas importantes, sobretudo a partir da fase em que Cassinha perdeu a consciência e o comando da grande obra de fundação de Cassilândia,
Um lugarejo até então inóspito às margens do Salto do Aporé.
Isso foi lá pelos anos 40 e 50 quando só havia fazendas na área em que hoje está sediado o município.
Antes mesmo da transformação do município em Comarca, Amin José, o filho Édio Amin e a família já ofereciam relevantes serviços à frente do Cartório do 1º Ofício.
Para escrever o livro, entrevistei dezenas de experientes pioneiros cassilandenses nos anos de 1985 e 1986 e a maioria fez questão de ressaltar os valores morais e éticos de Amin José, visto como um homem voltado para o trabalho, a família e os amigos. Vários dos entrevistados o consideram o verdadeiro fundador de Cassilândia, já que se sabe que Cassinha passou a ter distúrbios mentais que teriam sido provocados pelo macumbeiro goiano conhecido pela alcunha de Caboré.
A rua Amin José, onde reside o meu irmão João Marinho, é apenas uma das homenagens necessárias a uma figura tão ilustre de nossa história.
O nome da família Amin foi valorizado pela gestão do ex-prefeito Édio Amin, quando se sabe que Cassilândia viveu um período marcado por um modelo de gestão eficiente e séria, sem escândalos, sem contratempos. Ou seja, bem ao estilo do caráter de Édio Amin, legítimo herdeiro da personalidade reta do velho pai.
A homenagem que ora é feita no Cassifolia deve ser bem acolhida e tenho certeza que muitos dos Amin estarão na avenida para enriquecer, entoando o samba-enredo da festa do Momo.
Dizem que não é o título que valoriza o homenageado, mas o homenageado que engrandece um título de nobreza. O Cassifolia, por assim dizer, está mais valorizado este ano.
Todos à avenida, com alegria contagiante, mas com uma boa pitada de moderação. Assim foi Amin José, segundo relato de seus contemporâneos: alegre, mas moderado. Sonhador, mas pés no chão.
Samba, Cassilândia! Samba, Cassilândia! Amin José está mais vivo do que nunca.

Corino Rodrigues de Alvarenga
Contato com o colunista:
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