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A agonia de um tamanduá bandeira e a boa ação de um motorista

Chapadensenews - 14 de fevereiro de 2016 - 08:10

A agonia de um tamanduá bandeira e a boa ação de um motorista

Um tamanduá bandeira agonizou durante toda a tarde deste sábado no quartel da Polícia Militar de Chapadão do Sul. O animal foi atropelado na BR-060, próximo a Paraiso das Águas, e ficou estirado no acostamento, sob intenso sol, inconsciente. Um motorista percebeu que ele se moveu, parou para avaliar a situação e ligou para a Polícia Militar de Chapadão do Sul. Foi orientado a trazer o animal que foi colocado na sombra onde espera a chegada da guarnição da PMS (Polícia Militar Ambiental). Ele será levado para Campo Grande e abrigado no CRAS (Centro de Referência de Animais Silvestres). Caso não resista acabará empalhado e reforçará o material didádito que a PMA utiliza em sala de aulas com alunos.

Visualmente é possível ver algumas escoriações pelo corpo do animal. No CRAS ele terá assistência veterinária capaz de salvar sua vida. O centro serve como modelo e referência para outros estados brasileiros que possuem ações de conservação de fauna. Desde sua criação, milhares de animais confiscados pela fiscalização deixaram de ser soltos de forma aleatória, sem qualquer processo de triagem ou reabilitação. conhecida é o tamanduá-bandeira.

TAMANDUÁ - Nos últimos anos, porém, o tamanduá entrou na lista dos animais ameaçados de extinção. Desperta curiosidade por seu proeminente nariz e o hábito de comer formigas. Se alimenta de pequenos insetos, como formigas, cupins e larvas de besouros e é o único mamífero desdentado. Os insetos que ingere (mais ou menos 30 mil por dia) vão inteiros para dentro, sem serem mastigados. Sua longa língua (mais ou menos meio metro) secreta saliva adesiva na qual os insetos são colados.

ATAQUE - Em cativeiro, um tamanduá-bandeira pode viver por uns 14 anos, em convivência amistosa com seu tratador. Chega a ser brincalhão, mas nunca abraça ninguém - entre os tamanduás, abraço é um recurso mortal de luta. O tamanduá-bandeira não é um bicho agressivo, mas sabe defender-se muito bem. Quando atacado, senta sobre as pernas traseiras para fazer uso livre das enormes garras dianteiras. Nessa posição pode defender-se de alguns animais que venham a lhe atacar. Quando o inimigo é maior e mais feroz, como a onça, o tamanduá apara o bote no peito e fecha o atacante num abraço, crava-lhe as unhas nas costas e não larga mais. O resultado é um empate - ou morrem os dois, ou ambos se afastam feridos.

A visão não muito boa, mas é totalmente compensada pelo olfato, 40 vezes mais desenvolvido do que do homem. O tamanduá não demarca território e pode perambular por grandes áreas. Costuma ser ativo durante o dia e, de acordo com as condições climáticas, também à noite. Consegue se locomover dentro da água e, mesmo desajeitado, é capaz de subir em árvores em situações extremas, para se proteger de ameaças.

Sem dentes e sem agilidade (as unhas atrapalham seu já lento galope), os tamanduás dependem das garras para defender-se dos carnívoros da floresta, embora não seja muito perseguido, pois a maioria dos predadores não gostam do sabor de sua carne.

Matéria de autoria do Chapadensenews

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