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'É a crise': clientes reduzem consumo, mas inadimplência com luz e água cresce

Midiamax - 22 de fevereiro de 2016 - 06:50

A população até tenta diminuir o consumo de água e luz, e segundo dados da Sanesul e Energisa, empresas responsáveis pelo fornecimento dos serviços em quase todo o Estado, realmente estão conseguindo. O problema é que mesmo apertando os cintos, ainda está difícil honrar com os compromissos e pagar as contas em dia. Tanto que a taxa de inadimplência subiu significativamente neste dois setores.

A Energisa, por exemplo, informou que o número de clientes inadimplentes em 2015 aumentou 17%, comparado com 2014 e que diante dos resultados, decidiu por suspender o fornecimento, nos casos que ultrapassem o prazo legal que o cliente possui para quitar seus débitos com a empresa.

Já na Sanesul, os números mais expressivos foram em 2014, quando dezembro fechou em 9,06%. No mesmo período de 2015 o percentual foi de 3,25%. O problema, segundo a empresa, é que o número voltou a subir, fechando janeiro de 2016 em 3,7%.

O consumo, por outro lado, diminuiu significativamente. Na energia o percentual chegou a 6,9% no comparativo entre janeiro de 2015 e 2016. Na água a redução foi ainda maior, chegando a 7,2% no mesmo período.

O Onadir Gonçalves da Luz, operador de maquina pesada, de 48 anos, virou um verdadeiro “fiscal de luz”, andando pela casa para ver se alguma está acesa sem necessidade e dando um puxão de orelha em quem deixou. Os banhos quentes e o ferro de passar também estão sendo controlados. O primeiro, só em caso 'extremos', e o segundo, apenas uma vez por semana, com todo a roupa da família de uma única vez.

Na casa moram seis pessoas e o preço médio da conta de luz é de R$ 220. “Se cuidando vem tudo isso, imagina se não cuidássemos. A gente tem que se virar nos 30 para conseguir deixas as contas em dia”, disse o operador, que ainda disse deixar uma garrafa de água com gelo sobre a mesa, para que as crianças fiquem longe da geladeira.

O carpinteiro Marcelino dos Santos, de 39 anos, também relatou as artimanhas para economizar, dizendo que evita o micro-ondas, o chuveiro elétrico e monitora as lampadas. “A gente só usa para esquentar o leito do bebê, do resto, ficamos no fogão mesmo, que sai mais barato”, disse.

A única que admitiu não fazer nenhum tipo de economia foi a diarista Edina da Costa, de 38 anos. Segundo ela, até existe o desejo de apertar os cintos, já que a conta de luz não vem menos de R$ 200, mas com crianças em casa, isso fica quase impossível. “Uma abre a geladeira aqui, a outra deixa a luz ligada lá. È difícil controlar tudo, mesmo a gente querendo. Então decidi não estressar mais”, finalizou.

A energia ainda não tem o balanço do consumo durante o horário de verão, que geralmente apresenta um racionamento significativo, visto que o dia tem mais tempo de luz solar. Ás 00 deste sábado (20) houve a mudança de horário, retornado ao de inverno, onde o dia amanhece mais tarde e escurece mais cedo.

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