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Geral

Zeca fala dos cortes de gastos que pretende fazer

Fernanda Mathias e Paulo Fernandes/Campo Grande News - 10 de abril de 2006 - 17:05

Os fornecedores do governo de Mato Grosso do Sul serão preteridos no esquema de corte de gastos que elabora para aplicar a partir de agora. A informação foi dada esta tarde pelo governador, Zeca do PT, que foi enfático: “os fornecedores terão de esperar”. Segundo disse, pouco antes de se reunir com seu secretariado, na governadoria, obras também podem ser paralisadas, mas não há previsão de demissões.

O secretário de Coordenação Geral do Governo, Raufi Marques, ficou incumbido de elaborar um plano de contenção, que apontará “radiografia profunda de todos os pontos do governo para identificar onde pode haver cortes”, segundo informou Zeca.

Mais uma vez ele lembrou a conjuntura que levou o governo à crise de caixa: passando principalmente pela crise do setor agropecuário, baixos preços de grãos, febre aftosa e a gripe do frango, que restringiu o mercado para as aves produzidas no Estado, detonou nova crise na avicultura e acirrou a concorrência com outras carnes, prejudicando novamente a pecuária. “Podemos ter os nove meses mais difíceis do governo. Mas estamos fazendo de tudo para ter uma transição de maneira tranqüila em primeiro de janeiro”, afirmou o governador. Os prejuízos aos cofres, com queda na arrecadação, somam R$ 100 milhões.

Zeca também lembrou dos efeitos negativos no racionamento de fornecimento de gás boliviano pelo Gasbol (Gasoduto Brasil-Bolívia), a partir do rompimento de um duto, ocorrido na semana passada, na Bolívia, que, segundo ele, podem impactar em redução de 20% nas importações através de Mato Grosso do Sul, operação valiosa para arrecadação de ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para o governo estadual. A receita do gás representa de 15% a 20% de tudo o que o Estado arrecada em ICMS e Zeca se mostrou preocupado em relação às discussões sobre nacionalização do produto, na Bolívia. “Se a vinda do gás não for garantida haverá uma grande crise para o governo”, disse.

O governador reiterou que será prioridade do governo manter os programas sociais bolsa-escola e bolsa-alimentação, que atendem 80 mil famílias no Estado e manter o pagamento em dia dos servidores públicos.

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