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Geral

Petrobras tentará acordo com Bolívia por até 45 dias

Aécio Amado/ABr - 06 de maio de 2006 - 15:12

A Petrobras não aceitará qualquer aumento no preço do gás fornecido pela Bolívia, e defenderá essa posição na negociação com os bolivianos, disse o presidente da empresa, José Sergio Gabrielli, em nota divulgada na noite desta sexta-feira (5) pela empresa.

De acordo com Gabrielli, o contrato entre a Petrobras e a YPFB (empresa boliviana de petróleo) estabelece mecanismos que regerão essa negociação. "Nós vamos seguir os procedimentos previstos no contrato. Primeiro, uma negociação direta entre as partes, por um período de 45 dias. Se não houver acordo, o próximo passo é a arbitragem internacional, em Nova York", explicou.

Gabrielli ressaltou que o encontro de Puerto Iguazú, na Argentina, entre os presidentes do Brasil, Bolívia, Argentina e Venezuela, criou as condições favoráveis para a negociação "mais técnica e empresarial" com os bolivianos.

"A declaração dos presidentes da Argentina, Bolívia, Brasil e Venezuela divulgada no final da reunião afirma, textualmente, que ‘a discussão sobre os preços do gás deve dar-se num marco racional e eqüitativo que viabilize os empreendimentos’. As declarações do presidente Lula facilitam a negociação entre as empresas, restabelecendo o foro técnico e econômico em que ele deve se dar", disse Gabrielli.

O presidente da Petrobras destacou que não existe contradição entre as declarações do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o que a empresa tem manifestado.
"Não há qualquer contradição entre as declarações do presidente Lula e o que a Petrobras vem afirmando sobre a questão do gás boliviano", disse.

Sergio Gabrielli reafirmou que os novos investimentos da Petrobras na Bolívia continuam suspensos.

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