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Jarbas diz que está pronto para retaliação do PMDB

Marcos Chagas, Agência Brasil - 16 de fevereiro de 2009 - 21:34

Brasília - O senador peemedebista Jarbas Vasconcelos (PE) disse hoje que está pronto para enfrentar as conseqüências da entrevista que concedeu à revista Veja acusando o seu partido de estar “impregnado” pela corrupção.

“Quem vai para um episódio desses como eu fui tem que saber das consequências, tem que estar preparado e ter a dimensão suficiente de que foram feitas graves acusações”, afirmou.

O parlamentar acrescentou que outros políticos do partido, de dentro e de fora do parlamento, têm a vontade de dizer as mesmas coisas mas preferem manter-se em silêncio.

O senador defendeu que a bancada do PMDB ou o próprio Senado realizem um debate sobre as práticas de corrupção na política, não só no PMDB mas também em outros partidos, “principalmente os nanicos de aluguel”. Entretanto, disse que não foi eleito para "ser auditor" de órgãos de fiscalização.

Vasconcelos afirmou que não pretende deixar a legenda e voltou a bater no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no que diz respeito a uma suposta omissão com práticas corruptas. “Lula tem sido altamente conivente com a corrupção. É lastimável porque ele pertence ao PT, partido que era contra isso”.

O senador pernambucano disse, ainda, que a corrupção tem sido “uma marca” do atual governo. A seu ver, o Congresso tem parcela de culpa na corrupção política uma vez que denuncia muito pouco tais práticas.

O parlamentar qualificou de “ridículo e estapafúrdio” o raciocínio de alguns parlamentares de que ele teria concedido a entrevista para forçar uma expulsão do partido, que seria a tese da cúpula do PMDB.

Os parlamentares consideram que ao taxar boa parte do partido como corrupta, Vasconcelos pretenderia atingir o governo federal - uma vez que o PMDB representa a maior legenda da base de sustentação do presidente Lula - mas que a suposta estratégia não deu certo e, com as denúncias generalizadas, ele teria conseguido se indispor com praticamente todo seu partido.

Para o senador Pedro Simon (PMDB-RS), que como Jarbas Vasconcelos é um dos fundadores do antigo MDB, mesmo tendo adotado uma postura de não entrar no debate e evitar que se dê dimensão nacional as denúncias do parlamentar, a cúpula do partido deveria reunir-se para analisar as denúncias feitas pelo colega pernambucano.

Simon faz coro com Jarbas Vasconcelos no que diz respeito a desvalorização da política brasileira. A seu ver não só o PMDB, mas o PT e o PSDB discutem política na base da disputa por cargos.

Ele discorda de Jarbas Vasconcelos em relação ao anúncio público feito em apoio ao governador de São Paulo, José Serra (PSDB), numa eventual candidatura a Presidência da República. Pedro Simon defende uma candidatura própria do PMDB.


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