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Itaipu comemora hoje 30 anos

Gabriela Guerreiro/ABr - 17 de maio de 2004 - 08:08

Em 30 anos, a vida de paraguaios, argentinos e moradores do extremo oeste do Paraná passou por uma mudança radical. Em maio de 1974, Brasil e Paraguai, numa iniciativa inédita para os dois países, fundaram a empresa que ainda hoje é responsável por administrar a maior usina hidrelétrica do mundo: a Itaipu Binacional. Começava aí a sair do papel o sonho de viabilizar no sul do país, em plena ditadura militar brasileira, uma obra que envolveu 40 mil homens em sua construção, com gastos que só serão quitados no ano de 2023.

A estatal Itaipu Binacional considera hoje o marco efetivo da sua inauguração. Antes dessa data, porém, Brasil e Paraguai já tinham dado os primeiros passos para a construção da hidrelétrica. Os dois países haviam assinado o Tratado de Itaipu, com regras para o aproveitamento hídrico da região, depois que técnicos brasileiros e paraguaios perceberam que o Rio Paraná e seus muitos afluentes poderiam gerar muito mais do que simplesmente peixes e água em abundância para o sul do Brasil e os países vizinhos.

O que parecia impossível sair do papel, passou a ser executado em 1975. As obras tiveram início com um desafio de proporções gigantescas: erguer com mais de 40 mil toneladas de concreto, no meio do rio Paraná – o segundo maior em extensão da América do Sul - uma usina hidrelétrica de 196 metros de comprimento e altura equivalente à de um prédio com 65 andares para abastecer o sistema elétrico do Paraguai e de parte do Brasil.

O volume total de concreto utilizado em Itaipu permitiria construir 210 estádios de futebol iguais ao Maracanã, no Rio de Janeiro. Já o de ferro e aço empregados na época em que a usina foi erguida poderia garantir a construção de 380 torres nas dimensões da Torre Eiffel, em Paris (França).

Depois de 10 anos de obras, em 1984 a hidrelétrica começou de fato a gerar energia para o Brasil. Hoje, a Itaipu Binacional é responsável por 92% da energia elétrica consumida no Paraguai, e por 25% no Brasil. “Enviamos energia para onde estão 60% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, que são as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país”, ressalta o presidente brasileiro da Itaipu, Jorge Samek. Ele assumiu a empresa em 2003, designado para o cargo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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