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Inca: projeto pioneiro de avaliação de mamografia

Flávia Villela , ABr - 24 de novembro de 2008 - 10:59

Brasília - O Instituto Nacional do Câncer (INCA) anunciou hoje (24) os resultados do projeto Piloto de Garantia de Qualidade em Mamografia. A novidade do projeto é a incorporação da interpretação do laudo do radiologista na metodologia de avaliação. Hoje, as vigilâncias sanitárias avaliam apenas a infra-estrutura dos serviços e alguns processos, como a qualidade da realização da mamografia.

A iniciativa é fruto de uma parceria com o Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e contou com o apoio financeiro do Instituto Avon.

Foram avaliados 53 serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) em quatro estados. A Paraíba foi o primeiro estado avaliado, seguido por Minas Gerais, Goiás e Rio Grande do Sul.

Segundo Ronaldo Correa, oncologista do Inca, a idéia surgiu no fim de 2006, em função de alguns dados de qualidade da mamografia no país que eram muito ruins.

Além da avaliação também foram aprimoradas ações de qualidade de mamografia. Durante 18 meses foram realizadas oficinas de capacitação na área de física médica com técnicos de mamografia e radiologistas.

Ao final do projeto foi feita uma segunda avaliação das várias etapas da realização do exame e os resultados mostraram melhoria nos processos e qualidade superior à média nacional.

Entretanto, segundo Correa, os resultados permanecem aquém do esperado. A infra-estrutura e dosagem de irradiação e qualidade da imagem precisam ser aprimoradas em muitos serviços para alcançar um padrão de excelência.

“Mas os avanços foram grandes, o que mostra que essa parceria regular é muito promissora,” disse o médico do Inca.

A próxima etapa, segundo Correa, é conseguir transformar o projeto em um programa nacional para ampliar a nova metodologia para os 1.300 serviços do SUS existentes no país.

“Cada parceiro terá um papel, mas para isso é necessária uma legislação que determine como cada um atuará e que também regulamente a contratação e manutenção de serviços pelas secretarias estaduais a partir das exigências de qualidade da nova metodologia”, explicou Correa.

O Inca e os outros dois parceiros do projeto já estão preparando a minuta da legislação a ser apresentada ao Ministério da Saúde no início de 2009. Correa ressaltou que a participação da sociedade civil e dos meios de comunicação é fundamental para que a publicação da nova lei saia ainda no primeiro semestre de 2009.


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