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Iagro admite: vacinação não impede avanço da aftosa

Fernanda Mathias e Humberto Marques/Campo Grande News - 20 de abril de 2006 - 17:51

O diretor-presidente da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), João Cavalléro, admitiu em entrevista coletiva, esta tarde, que a vacinação não está impedindo o avanço da febre aftosa em Mato Grosso do Sul e disse que não é a saída para combater a doença. Mais uma vez reforçou importância de envolvimento dos países vizinhos, uma vez que todos os últimos focos constatados no Estado ocorreram na região de fronteira com o Paraguai.

No mesmo sentido o secretário de Produção, Wilson Gonçalves, disse que o assunto merece ser internacionalizado e que amanhã pretende entrar em contato com o governo paraguaio. “O Estado sozinho não vence a guerra”, disse. Cavalléro mais uma vez tomou como exemplo os EUA que combateram a aftosa no México e Canadá. Destacou que desde 1969 existe acordo entre Paraguai, mas ações efetivas não foram viabilizadas.

Sobre o surgimento do foco, Cavalléro, disse que quer evitar alarde e que o surgimento de novo foco em Japorã está dentro do que era esperado. Na opinião do diretor da Iagro, o Estado ainda tem condições de ter seu status sanitário novamente analisado pela OIE (Organização Internacional de Saúde Animal) na reunião de setembro.

A propriedade onde foi registrado o foco possui 137 bovinos, sendo 3 com idade abaixo de 4 meses, 10 com idade entre 5 e 12 meses, 25 com idade entre 13 e 24 meses e 99 com idade acima de 24 meses. Em 22 animais o vírus foi confirmado por exame, mas todos serão sacrificados.

Gonçalves ressaltou que o governo pretende incentivar culturas como cana-de-açúcar, erva mate e eucalipto na região de fronteira para incentivar a substituição da pecuária pela agricultura na fronteira e prevenir a entrada do vírus causador da febre aftosa.

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