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Dívida pública cresce 0,9%

Daniel Lima/Agência Brasil - 22 de setembro de 2003 - 14:44

A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (dívida em títulos do governo federal em poder dos investidores) cresceu 0,9% em relação a julho e subiu para R$ 695,9 bilhões em agosto. O principal motivo para a elevação de R$ 5,96 bilhões na DPMFi foi a apropriação de juros. Pela primeira vez no ano, porém, o resgate (R$ 21,5 bilhões) superou as emissões (R$ 17,4 bilhões) se não for considerado o leilão de troca realizado em fevereiro.

A participação dos títulos pré-fixados na composição dessa dívida aumentou de 6,3% para 7,4% devido à emissão líquida de títulos de R$ 7,3 bilhões de LTN (Letras do Tesouro Nacional), mas permaneceu no intervalo previsto no Plano Anual de Financiamento do governo federal.

Em agosto, o Tesouro Nacional vendeu R$7,3 bilhões de LTN com até 18 meses de prazo, R$ 9,7 bilhões de LFT (Letras Financeiras do Tesouro Nacional) com até 48 meses e R$ 341 milhões de NTN-C (Notas do Tesouro Nacional série C, corrigidos pelo IGP-M) com vencimentos em 2017,2021 e 2031.

Houve, segundo informações do Tesouro Nacional, uma redução na participação dos títulos atrelados à Selic (taxa básica de juros) de 0,7 ponto percentual em relação a julho, para 65,5%, em decorrência do resgate líquido de R$8,8 bilhões de LFT.

O Coordenador da Dívida Pública do Tesouro Nacional,Paulo Valle, calcula que “um ponto percentual de redução na Selic, poderá diminuir a parte da dívida que é corrigida pela taxa básica de juros em R$ 3,5 bilhões por ano se a taxa continuar em 20% ao ano”.

Incorporando-se as operações de swap (troca), a exposição à Selic reduziu-se para 50,1%. A parcela de títulos indexados a índices de preços manteve-se estável em 12,6% do total da DPMFi.

Já a dívida mobiliária atualizada pela variação cambial, sem considerar as operações de swap, teve a participação sobre o total da dívida reduzida em 0,4 ponto percentual, devido ao resgate líquido de R$2,6 bilhões. Com as operações de swap, a parcela da dívida com exposição ao câmbio registrou queda de 28,6% para 28,1%.

A exposição cambial diminuiu em R$ 1,4 bilhão, em virtude do resgate líquido de R$ 4,3 bilhões e as instituições nacionais foram as maiores compradoras de títulos públicos, com participação de 75,5% do total emitido.

O volume de títulos públicos em poder do público a vencer em 12 meses elevou-se de 31,6% para 32,5% sobre o estoque da DPMFi.

O Banco Central atuou em 24 oportunidades no mercado aberto durante o mês de agosto, com o objetivo de administrar a taxa de juros de curtíssimo prazo e de controlar a liquidez bancária.

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