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Delcídio apresenta relatório sobre conflitos indígenas

Cadú Bortolotto - 19 de maio de 2004 - 08:40

O senador Delcídio do Amaral (PT/MS) apresenta na próxima quarta-feira, 26 de maio, aos demais membros da Comissão Extraordinária do Senado que investiga os conflitos indígenas no país, relatório completo e detalhado sobre a situação em Mato Grosso do Sul. O documento, resultado de visitas às áreas em disputa e de reuniões com representantes do governo, dos produtores rurais, dos índios e do Ministério Público, deve apontar caminhos para solucionar os atuais confrontos e também sugestões de mudança na legislação federal que trata da demarcação de reservas.
Nesta terça-feira, Delcídio se reuniu no Palácio do Planalto, em Brasília, com o general Jorge Armando Felix, secretário executivo do Conselho de Segurança Institucional, com quem trocou informações sobre o assunto.
- A Agência Brasileira de Inteligência, a exemplo do que acontece com o Senado, acompanha de perto os conflitos indígenas e está ciente da gravidade da situação. Por causa do acirramento dos ânimos entre índios, produtores rurais e garimpeiros já ocorreram mortes em Santa Catarina e Rondônia, bloqueio de rodovias em Roraima e invasão de fazendas em Mato Grosso do Sul. Em um momento como esse é preciso serenidade, equilíbrio, e, ao mesmo tempo, rapidez na tomada de decisões. Por isso, vamos passar os próximos dias debruçados sobre esse relatório para que o Senado e o Governo possam definir, em conjunto, soluções definitivas para o problema - afirmou o senador.
Delcídio pediu ao Ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos,que suspenda imediatamente o processo de demarcação de uma nova reserva indígena no município de Sete Quedas, na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai. A tensão na região é grande porque a FUNAI estaria tomando providências para criar a Aldeia Sombrerito, que abrangeria vinte mil hectares onde estão hoje dezenas de fazendas produtivas, legalizadas e ratificadas pelo INCRA.
- O Ministro da Justiça é um homem sensato e demonstrou isso durante a crise gerada pela publicação pelo jornal americano The New York Times de uma matéria ofensiva ao Presidente Lula. Ele foi um dos principais artífices da solução que pôs um ponto final ao caso.Por isso, eu não tenho dúvidas de que o ministro vai entender que o momento não é de tomar qualquer decisão que acirre ainda mais os ânimos entre índios e fazendeiros, gerando um conflito que só interessa àqueles que apostam no caos, com o nítido objetivo de evitar que o Brasil cresça e se desenvolva, gerando benefícios para toda a população - afirmou o senador.

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