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Concurso deve premiar com até R$ 15 mil
No dia 1º de maio de 1886, milhares de trabalhadores foram às ruas protestar contra as más condições de trabalho impostas e exigir a redução da jornada de trabalho de 13 para oito horas por dia. O protesto, em Chicago (EUA), terminou em um conflito com a polícia e com a morte de vários trabalhadores. A data passou a simbolizar a luta dos trabalhadores. E hoje, 120 anos depois, governo e pesquisadores, em todo o mundo, tentam fazer o resgate desses momentos históricos.
O concurso público Memórias do Trabalho no Brasil pretende premiar com até R$ 15 mil projetos de preservação de acervos em situação de risco ou de história oral, de publicação de fontes inéditas e instrumentos de pesquisa e de edição de CD-ROMs ou montagem de sites. O edital público deve ser lançado na próxima quarta-feira (3). As inscrições vão até 30 de junho.
O concurso faz parte do projeto Memória do Trabalho. O Ministério do Trabalho e Emprego fará um catálogo dos acervos do país com patrocínio da Vale do Rio Doce.
Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas farão um levantamento de fontes existentes em instituições especializadas, como universidades, centros de pesquisa, arquivos, museus e bibliotecas. O resultado da pesquisa será publicado em um CD-ROM por meio de patrocínio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Até lá, os momentos históricos brasileiros das lutas trabalhistas no Brasil podem ser conferidos em 150 fotos, que estão no Centro Cultural do Banco do Brasil, em Brasília, até o dia 14 deste mês.
O objetivo da exposição Trabalho e Trabalhadores no Brasil, segundo o material de divulgação, é mostrar a evolução das relações de trabalho em um processo democrático. A maioria das fotografias é inédita. A análise do material começou a ser feita há um ano por uma equipe de 20 pesquisadores em sindicatos, universidades, museus e arquivos pessoais.
Reproduções de pinturas, cartazes, documentos e outros registros integram a mostra itinerante que, a partir do próximo dia 18, vai para o Centro Cultural da Caixa Econômica, também em Brasília.