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Amorim diz que agora é possível dialogar com a Bolívia
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, saudou as novas declarações do presidente da Bolívia, Evo Morales, dadas em entrevista coletiva no fim da tarde de ontem. Morales negou ter expulsado a Petrobras, disse que quer a empresa trabalhando em sociedade em seu país e reafirmou que não terá desentendimentos com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Eu vejo que o que ele falou hoje é positivo, na medida em que cria condições para a retomada do diálogo", afirmou Amorim a jornalistas, agora à noite, no hotel onde está hospedada em Viena a comitiva brasileira.
Amanhã (13), Lula e Morales terão encontro pela manhã. "Nós vamos esclarecer, limpar o terreno, preparar o futuro, a continuação dessas conversas, de maneira positiva", explicou o ministro.
Sobre o motivo para o contraste entre as declarações de Morales dadas ontem (10) e as de hoje, Amorim desconversou: "Vários fatores terão certamente atuado". Ele disse supor que, entre esses fatores, estão a importância da relação entre os dois países e a maneira firme, mas tranqüila, com que o governo brasileiro tem conduzido o diálogo com o governo boliviano.
Amorim lembrou que ainda é preciso atenção: "Temos que continuar vigilantemente defendendo os nossos interesses, dentro da mesma estratégia sempre que possível, a menos que tenha algo que torne impossível de seguir no diálogo".