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Agepan começa hoje a contagem de passageiros

Gizele Oliveira/Agepan - 16 de setembro de 2003 - 09:45

Quantas pessoas utilizam diariamente o transporte intermunicipal em Mato Grosso do Sul? Qual a origem e o destino dos passageiros? Quais as localidades com maior e menor fluxo? Qual a taxa de ocupação dos ônibus em cada uma das quase cem linhas, com seus diversos pontos de embarque e desembarque? Onde é preciso investir para melhorar o atendimento?

Perguntas como essas começam a ser respondidas a partir de uma grande pesquisa que a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos (Agepan) inicia hoje na região de Campo Grande e se estende durante todo o mês de setembro e início de outubro para outros municípios.

As informações, desconhecidas com precisão até o momento, são necessárias para implantação do banco de dados do Sistema de Transporte Intermunicipal de Passageiros. A pesquisa é parte do projeto de reestruturação que o governo do Estado está desenvolvendo por meio da Agepan. A reestruturação vai permitir o uso de tecnologia moderna para monitorar a qualidade do serviço prestado aos usuários.

Quatrocentos e vinte pesquisadores, coordenadores de pesquisa e supervisores estarão envolvidos no levantamento de informações para mapeamento do transporte. A partir desta terça-feira começam as entrevistas nos terminais rodoviários e nas estradas. Além dessas equipes fixas, vai haver outra, de pesquisadores volantes, viajando de ônibus por todas as linhas, contando um a um, todos os chamados “sobe e desce” de passageiros. Uma quarta equipe será responsável pelo levantamento da estrutura dos terminais rodoviários.

O diagnóstico das linhas começa nesta semana, com pesquisadores no terminal rodoviário de Campo Grande e nos acessos pelas rodovias BR-060, BR-262, BR-267 e MS-060. De forma ininterrupta, o trabalho irá se estendendo para as regiões de Dourados, Corumbá, Três Lagoas, Aquidauana/Anastácio, Paranaíba, Nova Andradina, Jardim/Guia Lopes, Coxim e Maracaju.

A contagem de passageiros e de tráfego abrangerá os terminais e os corredores – vias de acesso aos principais pólos regionais e rodovias de ligação entre esses pólos. Desta forma, a Agepan vai garantir o diagnóstico completo de todo o sistema.


Tecnologia - Dos formulários, as informações irão para um mapa eletrônico, de onde será possível controlar, futuramente, até mesmo a passagem dos ônibus em cada ponto de parada. O sistema vai ser geo-referenciado, de modo que o mapa seja visto como um grande painel de bordo, onde se tem o controle de toda a movimentação. A localização de cada veículo, de cada ponto de parada, vai estar visivelmente identificada.

Paralelo à pesquisa com passageiros, começa também nesta semana outra fase importante do levantamento: a implantação do sistema de informação geográfica das linhas. A partir de quinta-feira, dois veículos equipados com aparelho de GPS (Global Positioning System), aparelho de localização geográfica via satélite, irão percorrer todas as rodovias de Mato Grosso do Sul onde há linha de ônibus intermunicipal.

Todas as informações sobre características e condições das vias em cada trecho serão registradas pelo equipamento e lançadas num mapa eletrônico. O mapa vai permitir visualizar informações como se o trecho possui pista simples ou dupla, se a estrada é de terra ou pavimentada, como está a condição da pista entre um ponto de parada e outro.

Existem hoje no Mato Grosso do Sul 19 empresas atuando no transporte intermunicipal de passageiros por rodovias, mediante concessão ou autorização. Elas operam em torno de cem linhas e, segundo dados das próprias operadoras, conduzem anualmente aproximadamente seis milhões de passageiros.

O projeto de reestruturação que o governo do Estado está realizando por meio da agência reguladora deverá identificar os problemas no sistema, visando estender o serviço a novas localidades e elevar a qualidade no atendimento, ao mesmo tempo em que permitirá ao poder público o controle sobre a atuação dos operadores.

O sistema reestruturado deverá ter novidades, como a inclusão de veículos do tipo van para transportar passageiros em locais e horários em que forem mais viáveis do que ônibus. Os vanzeiros serão contratados pelas empresas que detêm a concessão ou autorização das linhas.

Até agora existem 52 prestadores de serviço cadastrados, a maioria com veículos já vistoriados. Os critérios para contratação e remuneração estão em discussão pelos setores técnicos e jurídicos da Agepan e das concessionárias.

Outra novidade do projeto será a padronização da frota de veículos, de modo a identificar o tipo de serviço por categoria - ônibus executivos, por exemplo, terão a mesma cor.

Para informar sobre o trabalho de pesquisa e contar com a colaboração dos usuários, a Agepan está fixando faixas e cartazes nos terminais e pontos de parada, além de distribuir panfletos aos passageiros abordados. Os pesquisadores estarão identificados com camisetas, bonés e crachás.

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