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Antígeno Prostático Específico ou PSA: o que devo saber sobre ele?

Abc Med - 25 de maio de 2016 - 14:00

O antígeno prostático específico, geralmente referido como PSA (Prostate-specific antigen), é um marcador tumoral utilizado em conjunto a outros recursos para o diagnóstico e o acompanhamento da evolução do câncer da próstata. O nível de PSA é medido no sangue.

Quando o antígeno prostático específico (PSA) se altera?

Níveis baixos de PSA no sangue são normais, mas eles podem aumentar em casos de câncer da próstata ou mesmo em condições benignas (não cancerosas), como as prostatites (inflamações da próstata) e a hiperplasia benigna da próstata (aumento benigno da próstata). Com a idade, há um aumento da chance de ocorrerem tanto as condições benignas quanto as alterações malignas. A prostatite ou a hiperplasia benigna da próstata parecem não evoluir para o câncer, mas pode ocorrer que o homem tenha concomitantemente as duas situações e também um câncer da próstata. Isoladamente, os níveis de PSA não permitem distinguir entre essas condições, contudo, o médico os toma em conta juntamente com outros sinais e/ou sintomas.

Por que fazer a dosagem do teste do antígeno prostático específico (PSA)?

O teste de PSA deve ser feito periodicamente em homens a partir de 50 anos, em conjunto com o exame de toque retal, como medida preventiva para detectar o câncer da próstata. Os homens que pertecem aos grupos de risco (herança, raça, dieta etc) devem fazer esses exames a partir de 40-45 anos.

Durante o exame de toque retal, o médico pode palpar a glândula prostática através da parede retal para procurar elevações ou áreas anormais. O teste do PSA e o exame de toque retal geralmente são usados como testes de rastreio para detectar precocemente o câncer da próstata ainda sem sintomas. O teste de PSA também pode ser usado para acompanhar pacientes com câncer da próstata e avaliar sua evolução. Diante de um nível aumentado de PSA, o paciente deve repetir o teste ou realizar outros exames complementares que ajudem a esclarecer a ocorrência.

O antígeno prostático específico (PSA) e o câncer de próstata

Na maioria das vezes, a dosagem do PSA é pedida pelo médico para reconhecer ou excluir o câncer de próstata ou para analisar a evolução do câncer já instalado. O médico realiza, junto a este exame, o toque retal e a ultrassonografia transretal. O PSA sanguíneo é quase todo ele liberado a partir da próstata, embora essa enzima também exista em células das glândulas parótidas, mamárias e do pâncreas.

Quais são os cuidados a serem tomados antes de medir-se o antígeno prostático específico (PSA)?

Alguns pacientes podem apresentar níveis aumentados do PSA sem terem câncer, em condições de infecções (prostatites) ou depois de manipulações da próstata (como em biópsias, cirurgias, prática de hipismo, uso de bicicleta etc), por exemplo. Nesses casos deve ser respeitado um intervalo de duas semanas entre estas atividades e o exame de sangue.

O paciente também pode apresentar baixo nível de PSA caso tenha realizado terapia hormonal para o câncer da próstata. Neste caso é aconselhável esperar alguns meses após o tratamento hormonal antes de realizar um teste de PSA.

Quais são os valores do nível sanguíneo do antígeno prostático específico (PSA)?

Os níveis do PSA são referidos em nanograma por mililitro (ng/ml) no sangue. O PSA circula no sangue em duas formas que podem ser medidas separadamente: livre e ligado a uma proteína. Os valores de referência são os seguintes:

PSA total:
Baixo 0 a 2,5 ng/ml
Leve a moderado 2,6 a 9,9 ng/ml
Moderadamente elevado 10 a 19,9 ng/ml
Elevado Acima de 20 nb/ml

Quanto maior o nível de PSA, maior é a probabilidade de câncer, embora vários fatores possam alterar os níveis de PSA. Têm-se, então, as seguintes possibilidades:
Verdadeiro negativo PSA normal e não há câncer
Verdadeiro positivo PSA elevado e há câncer
Falso positivo PSA elevado e não há câncer
Falso negativo PSA normal e há câncer

Uma subida progressiva ao longo do tempo é mais importante que um nível alto e isolado. Quando os níveis de PSA sobem com o tempo, outros exames (ultrassonografia, radiografia, citoscopia, exame de urina) ou mesmo uma biópsia poderão ser necessários. A biópsia geralmente é feita por via retal e consiste em retirar amostras de tecido da próstata com a ajuda de uma agulha, as quais serão observadas pelo patologista em um microscópio.

Quais são as repercussões e as possíveis consequências de fazer-se o teste do antígeno prostático específico (PSA) e os exames para o câncer de próstata?

Os benefícios do rastreio do PSA em relação aos riscos do tratamento do câncer de próstata não são absolutamente claros.

A biópsia para diagnosticar o câncer da próstata, decorrente de um exame suspeito de PSA, pode causar efeitos colaterais, incluindo hemorragias e infecções.

O tratamento para o câncer da próstata pode causar incontinência urinária e impotência sexual.

Todas essas condições devem ser conversadas com um médico de sua confiança.

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