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Zeca reune-se com deputados e comemora avanço

APn - 25 de junho de 2003 - 15:00

Campo Grande, MS – O governador Zeca do PT comemorou ontem à noite, em reunião com 14 dos 15 deputados da base aliada na Assembléia Legislativa, os avanços na interlocução com o governo federal, que asseguram, ao lado da relação pessoal com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a concretização de projetos e programas estratégicos ao desenvolvimento de Mato Grosso do Sul. Na reunião com os parlamentares estaduais, o governador Zeca destacou, também, a inserção do Estado e seu papel na política externa, que ficou mais evidente após as viagens de Lula à Argentina e Assunção.
Um dos avanços mencionados pelo governador foi o consenso em torno do projeto de reativação do Trem do Pantanal, que passa a ter o empenho em todas as esferas públicas, através do governo do Estado, Ministério dos Transportes e Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), e também dos setores privados. A relação pessoal com Lula favorece, segundo Zeca, o encaminhamento de programas estratégicos colocados à margem das prioridades, como o Programa Pantanal.
“Mato Grosso do Sul está no centro da América do Sul. Conversei longamente com o presidente Lula na viagem à Assunção sobre a importância da integração física e econômica. O presidente está decidido em integrar a América do Sul. Cabe ao Brasil liderar o processo de desenvolvimento dos nossos parceiros do Mercosul, como Paraguai, e a Bolívia, que enfrentam enormes problemas sociais e de infra-estrutura”, observou o governador. Segundo ele, nas viagens com Lula, ouviu do presidente idéias importantes para a integração sulamericana. “Falou-se de uma possível fusão do Fonplata e o órgão de fomento dos paises andinos, para criar uma espécie de BID da América do Sul e moeda única do Mercosul, entre outros assuntos”, relatou Zeca aos deputados estaduais.
O governador falou longamente com os deputados sobre os projetos do governo e disse ser importante a participação dos parlamentares na interlocução com o governo Lula e no programa de interiorização das ações do Governo do Estado. Zeca convidou os deputados a participarem da agenda do Governo Itinerante em Amambaí, nesta sexta-feira, e inaugurações em Paranaíba, no dia 4 de julho, e em São Gabriel do Oeste, dia 10 de julho. Ele anunciou também que Lula vem ao Estado até setembro, para inaugurar a ponte sobre o rio Paranaiba, na divisa de Mato Grosso do Sul com Minas Gerais e lançar a recuperação total da BR-262, quando pode também visitar Bonito. “O presidente quer conhecer Bonito e é uma ótima oportunidade para inaugurar o Aeroporto”, comentou Zeca.
Além de relatar as últimas audiências e avaliar as perspectivas de investimentos, aplicações de recursos e diretrizes orçamentárias, o governador Zeca conversou ainda sobre prestação de contas do Fundersul, que em julho completa quatro anos. Zeca quer promover um evento para compartilhar com a Assembléia Legislativa os resultados do fundo, uma iniciativa que no início foi criticada, mas hoje é reconhecida e espelha medidas adotadas em outros Estados para recuperação de estradas que servem como corredor de produtos agropecuários. O governo não vai lançar nenhum projeto ou programa novo, se concentrando nas obras previstas no planejamento estratégico.
O secretário de Coordenação Geral do Governo, Paulo Duarte, fez comentários sobre os questionamentos da oposição em relação à renúncia fiscal projetada na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Duarte também comentou com os deputados as “ressalvas” do Tribunal de Contas ao balanço geral, notando que os procedimentos adotados pelo governo resultaram de pareceres do próprio TC às consultas do Poder Executivo.
O líder do Governo na Assembléia, deputado Ary Rigo (PDT), considerou satisfatório o esclarecimento que fez no plenário na sessão de terça-feira, mostrando que em relação a incentivos fiscais, o projeto da LDO traz os valores com a projeção inflacionária, não havendo, portanto, crescimento significativo. “O Governo vive o seu melhor momento na Assembléia, nunca vimos um período tão bom”, disse Rigo.
Para o governador, a guerra fiscal é a única forma de atrair investimentos privados e assim garantir a expansão econômica e conseqüente geração de empregos. Estados com o mesmo perfil, como Goiás, recorrem aos incentivos para se desenvolver. No caso de Goiás, lembrou o governador Zeca, a renúncia fiscal projetada é de R$ 1 bilhão.

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