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Zeca diz que mudança de nome não custaria nada ao Estado

Anderson Viegas - 14 de julho de 2003 - 10:23

Campo Grande (MS) – O governador Zeca do PT disse hoje em entrevista na rádio FM Capital ao vereador e radialista Miltinho Viana e ao radialista Roberto Costa, que a mudança no nome não custaria nada ao Estado e sugeriu que a Assembléia Legislativa encampe os debates e encaminhe um projeto de lei de um plebiscito para que a população escolha um novo nome para Mato Grosso do Sul.
“Essa história de que a mudança do nome do Estado representaria um custo para a população porque todo mundo ia ter de tirar uma nova identidade é mentira. A minha identidade eu tirei em Porto Murtinho, em 1977, e nela ainda está escrito Mato Grosso, e o documento continua valendo. Quando eu tiver que trocar vai ser já com o nome de Mato Grosso do Sul. Com a mudança do nome do Estado vai ser a mesma coisa”, explicou.
Zeca frisou, entretanto, que a idéia de mudar o nome de Mato Grosso do Sul não é sua, que é uma proposta que já existe há muito tempo, e quando foi criado o Estado deveria ter existido essa preocupação e ter sido realizado um plebiscito para escolher o nome da nova unidade da federação.
“Somos uma criança que está crescendo sem identidade própria. Tocantins que é um Estado mais novo do que o nosso não tem esse problema. Já nasceu com identidade. Agora se chamasse Goiás do Norte enfrentaria o mesmo problema que nós. Todo mundo ia conhecer apenas por Goiás”, comentou.
O governador lembrou durante a entrevista que em várias situações já foi citado como governador do Mato Grosso e não do Mato Grosso do Sul e que até ministros e parlamentares fazem essa confusão. “Já recebi um comunicado oficial de um ministério onde era convidado para uma reunião como governador de Mato Grosso. Na Argentina, quando fui acompanhar o presidente Lula na posse do novo presidente daquele país, recebi um crachá como governador de Mato Grosso. O presidente da Câmara quando veio aqui, também chamou Mato Grosso do Sul de Mato Grosso, e são várias situações assim”, lembrou.
Ele disse durante a entrevista que particularmente defende a mudança de nome para Estado do Pantanal, em razão de dois terços, da maior planície alagada do mundo estar localizada em Mato Grosso do Sul, e afirmou que não está querendo se apropriar da denominação de uma beleza natural. “Tocantins usa o nome do Rio Tocantins, e nem por isso se apropriou do nome, o Estado apenas incorporou o nome de uma das suas principais riquezas ao seu nome. Mas o nome do nosso Estado também pode ser outro. Pode ser Estado de Campo Grande, Estado de Maracaju, é a população que deve decidir”.

Zeca lembrou que tem de ser a Assembléia Legislativa que tem de encampar a discussão sobre o tema e elaborar um projeto de plebiscito, e até sugeriu uma data para que a consulta popular fosse realizada, no próximo ano, durante as eleições municipais. “To sugerindo, to lançando a idéia, de que o plebiscito possa ser realizado no ano que vem junto com as eleições, ficaria fácil, agora cabe a Assembléia puxar o debate”, concluiu.


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