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Superávit primário de março cobriu despesas com juros

Stênio Ribeiro / ABr - 26 de abril de 2006 - 14:15

O setor público não-financeiro economizou R$ 13,186 bilhões no mês de março. O resultado superou em R$ 286 milhões os gastos com as despesas de juros no mês passado, que somaram R$ 12,899 milhões.

Foi o melhor superávit primário (economia para pagamento dos juros da dívida) em um mês de março, desde o início da série histórica, em 1991, conforme afirmou hoje (26) o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, ao divulgar o relatório mensal de Política Fiscal.

Ele disse que o governo central (incluindo Banco Central e Instituto Nacional do Seguro Social -INSS) contabilizou saldo de R$ 5,614 bilhões, enquanto estados e municípios economizaram R$ 2,077 bilhões e as empresas estatais contribuíram com R$ 5,494 bilhões no mês.

No acumulado do trimestre janeiro-março, o superávit soma R$ 20,981 bilhões, o que equivale a 4,39% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todas as riquezas produzidas no país. É uma equivalência menor que a relação dívida/PIB de igual período do ano passado, quando chegou a 6,32%, mas ainda está acima do centro da meta de 4,25% para o ano, como lembrou Altamir.

Considerando-se os fluxos acumulados nos últimos 12 meses, o superávit primário aumentou de R$ 85,881 bilhões em fevereiro (4,37% do PIB) para R$ 86,809 bilhões em março (4,39%). Segundo Altamir Lopes, a tendência de melhora deve se manter nos próximos meses.

Ele disse que isso se faz necessário para reduzir as necessidades de financiamento do setor público, uma vez que as despesas com juros no ano, no valor de R$ 44,175 bilhões, são mais do que o dobro do superávit obtido no trimestre; e no acumulado dos últimos 12 meses o saldo negativo entre juros e superávit alcança R$ 76,6 bilhões, o que compromete 3,87% do PIB anual.

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