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Rebeliões já teriam provocado 4 mortes em MS
Presos das quatro maiores cidades de Mato Grosso do Sul estão fazendo rebeliões simultâneas desde as 11h30 deste domingo. Os motins acontecem em Campo Grande, Dourados, Três Lagoas e Corumbá. Em Campo Grande, os bombeiros informaram que há quatro mortos no Presídio de Segurança Máxima.
Em todos os presídios, as rebeliões começaram durante a visita do Dia das Mães aos presos. Houve correria e desespero entre mães e filhos já que hoje, especialmente, as crianças puderam acompanhar as mães. Em Campo Grande, Dourados, Três Lagoas e Corumbá os presos fazem reféns.
A situação confirma o temor que havia sido revelado ao Campo Grande News por mães de presidiários, que foram ao complexo penitenciário da Capital para visita e também por policiais que estavam no local. Desde ontem, a agência que administra os presídios havia anunciado que a segurança seria reforçada, diante da situação em São Paulo, mas que as visitas seriam mantidas, pois não havia indícios de que pudesse haver problemas.
Ontem à noite, policiais do 7º Distrito Policial, em Campo Grande, haviam recebido um telefonema anômimo dizendo que integrantes da facção criminosa PCC invadiriam o local. A noite foi calma, mas a segurança foi reforçada. Ainda não existe confirmação de que as rebeliões simultâneas no Estado tenham relação com a facção criminosa.
Autoridades Para a Agepen (Agência de Administração do Sistema Penitenciário), as ações simultâneas dos presos só podem ser obra da facção criminosa PCC. É a única explicação, afirmou ao Campo Grande News o diretor-geral da Agência, Luiz Carlos Telles. O secretário de Segurança Pública, Raufi Marques, informou que deste ontem a situação estava sendo monitorada. Neste momento, ele está reunido com a cúpula das polícias e da Agepen para definir providências.
O governador Zeca do PT, que está em Porto Murtinho, acompanha a situação por telefone, como informou o secretário. Raufi disse que, por enquanto, não há temor de que possa se repetir em Mato Grosso do Sul os ataques à Polícia ocorridos em São Paulo, que deixaram mais de 50 mortos, entre eles 35 policiais. Apesar disso, a reportagem do Campo Grande News apurou que os agentes civis do Estado foram recomendados a só sair de colete a prova de balas. Na Polícia Militar, os policiais de folga foram convocados para ajudar no controle das rebeliões.
(Com informações de Marina Miranda, Maristela Brunetto e Shislaine Vieira)