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Quadrilha presa em Goiás pode ter feito vítimas em MS
Quadrilha presa no fim de setembro em Goiás por aplicar golpes pode ter feito vítimas também em Mato Grosso do Sul. É o que aponta análise inicial do delegado Valmir de Moura Fé, da 6ª Delegacia de Polícia Civil.
De acordo com o delegado, os estelionatários que foram para a cadeia em Aparecida de Goiânia aplicavam golpes com moradores daquele Estado idênticos aos que várias pessoas de Campo Grande foram vítimas.
Eles ligavam para uma pessoa, se identificavam como integrante da família e conseguiam que a interlocutura depositasse quantia em dinheiro.
A investigação da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul apontou que as contas correntes favorecidas com golpes aplicados em moradores do Estado eram de Aparecida de Goiânia. No início deste ano, o delegado pediu o bloqueio de 40 delas.
Diante do tipo de ação e também pelo fato do bando ser do mesmo município que as contas correntes, o delegado Moura Fé suspeita que os presos lá também fizeram vítimas aqui.
O delegado irá pedir informações sobre os golpistas e também encaminhar dados já apurados.
Goiás De acordo com informações do G1 de Goiás e da TV Anhanguera, dois dos quatro suspeitos comandavam o esquema de dentro do presídio e repassavam as coordenadas aos restantes.
Eles foram descobertos no dia 27 de setembro depois que uma das vítimas depositou R$ 900 para que o suposto sobrinho pagasse um guincho. No entanto, a conta onde o dinheiro foi depositado era de uma joalheria.
O dono do estabelecimento também foi vítima, de acordo com a polícia. Um dos criminosos foi à loja comprar alianças e, usando como comprovante o depósito já feito pela vítima, disse ao proprietário que ele já havia feito o pagamento das joias.
O proprietário da empresa confirmou que realmente o depósito havia sido feito. Então, ele e a vítima do golpe avisaram a polícia, que ficou aguardando a chegada da pessoa que prometeu ir buscar algumas alianças, em razão da quantia depositada. Ao chegar à loja para pegar os produtos, um dos suspeitos foi preso em flagrante, explicou o delegado Carlos Eduardo Chaves Galleita Chaves, ao G1.
Segundo o delegado, com a prisão do primeiro golpista que estava solto, foi possível levantar informações e identificar os outros integrantes, inclusive os que atuavam de dentro do presídio. O grupo foi indiciado por estelionato e formação de quadrilha.
Os golpes - O estelionatário liga, se identifica como parente - geralmente sobrinho ou neto- e fala que durante viagem à cidade da pessoa, o carro quebrou e precisa de dinheiro para fazer o conserto.
Muitas vezes coloca até outro homem na linha se passando por mecânico e com isso faz o golpe ficar mais verídico. A pessoa acredita e então deposita o dinheiro em uma conta e só depois descobre que foi vítima de estelionatários.
No caso da promoção do SBT, através de mensagem ou em telefonema, a vítima é avisada que ganhou prêmios, mas, para recebe-los precisa ligar para um número de telefone. A pessoa liga e então é informada que deve depositar uma quantia em dinheiro.
Orientação - O delegado explica que é fundamental que as pessoas estejam atentas a todas as ligações que receberem e não informar dados sobre parentes a quem não conhecem.
E, se o interlocutor fala o nome do parente, ligar para a pessoa e confirmar a informação antes de tomar qualquer atitude. Também é fundamental registrar a ocorrência, mesmo que não tenha cedido ao golpe.